terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Por ouro em Sidney, brasileiros podem contratar advogado próprio


Desde que o norte-americano Tim Montgomery confessou o uso de doping antes dos Jogos de Sidney, a equipe brasileira que ganhou a medalha de prata na prova do revezamento 4x100m vive a expectativa de herdar o ouro conquistado pelos Estados Unidos na Austrália. Segundo André Domingos, que competiu com Édson Luciano, Vicente Lenílson e Claudinei Quirino, o grupo cogita a possibilidade de contratar um advogado próprio para cuidar do assunto.
"Estamos esperando que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) se oponha e brigue pelo que é nosso. Se ninguém fizer nada, infelizmente depois de nove anos teremos que nos reunir para tomar as providências devidas. Ou seja, procurar um advogado e entrar com processo para brigar pelo que é nosso. Estamos conversando e nos reunindo", disse André Domingos durante a apresentação da equipe Rede Atletismo para 2009, em Bragança Paulista.
No final do ano passado, o COB contratou o advogado Sérgio Mazzillo para tratar do assunto. Em contato com a reportagem, a assessoria de imprensa da entidade disse que a questão está sob responsabilidade do Comitê Olímpico Internacional (COI). Roberto Gesta, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (Cbat), prevê o que o resultado demore, mas diz que está atento ao caso. "Isso é de sumo interesse, já que pode ser a única medalha de ouro do País em Sidney. O papel do Brasil já foi feito", afirmou o dirigente.


Vicente Lenílson procura não pensar muito no assunto para priorizar a disputa do Mundial de Berlim, em agosto. No entanto, ele se diz incomodado com a falta de informações sobre a situação. "Confesso que estou insatisfeito, pois nem o COB e nem a Cbat entraram em contato comigo oficialmente para falar que estão correndo atrás. Não tenho ciência do que está acontecendo", afirmou o brasileiro.
Além da alegria pela oportunidade de ganhar uma medalha de ouro olímpica, André Domingos admite uma certa frustração. "Deixamos de subir no pódio e ouvir o hino nacional como verdadeiros campeões", lamentou. Com despedida marcada para o Troféu Brasil, o atleta acredita que o título em Sidney poderia ter mudado sua vida. "Tivemos vários contratos não efetivados e poderíamos ter conquistado nossa independência financeira. A prata foi bacana, mas o ouro teria outro peso", completou.
Ex-namorado de Marion Jones, que perdeu as cinco medalhas conquistadas em Sidney por doping, Tim Montgomery já foi preso por tráfico de heroína e participou de um esquema de fraude bancária. Ele não correu a final do revezamento na Austrália, mas disputou as eliminatórias. Em entrevista a uma emissora de televisão dos Estados Unidos, o ex-recordista dos 100m confessou o uso de testosterona e hormônio de crescimento antes da Olimpíada.
Em função dos antecedentes de Montgomery, os brasileiros já suspeitavam do doping. "Na verdade, já sabíamos que éramos campeões olímpicos. A gente sabia que a cor daquela medalha era de ouro, mas na época não podíamos falar nada por uma série de questões éticas", disse André Domingos. "Não vou desistir em hipótese alguma. Eu treinei, eu conquistei e a medalha é minha. Eu quero o ouro", completou Vicente Lenílson.

AHA UHU.. O OURO É NOSSO!!!!

FONTE: gazeta esportiva

2 comentários:

Fernando Andrade. disse...

Interessante artigo, Luciane, mas faz-me impressão falar de tanto calor, quando aqui estamos arrepiados com tanto frio. Nem fui treinar por causa disso. De qualquer forma, lá para o meio do Verão, teremos por cá o Raide Melides Tróia, em condições idênticas à Interpraias,só que é um pouco maior (43km). Aí sim, vou ter em atenção a "aula de hoje".
Beijinho.
FA

Anônimo disse...

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