domingo, 9 de setembro de 2007



1a CORRIDA ECOLÓGICA DE SÃO VICENTE...TEVE DE TUDO, MENOS ORGANIZAÇÃO....

Aconteceu neste domingo com saída às 09:15 da manhã, a 1a corrida Ecológica de São Vicente, que infelizmente teve tudo para ser a 1a e a última edição, tamanha a falta de organização do evento. A desordem já vinha sendo anunciada um dia antes, na entrega dos kits, já que quando os atletas chegaram nada estava pronto, nem mesmo as camisas tinham sido entregues, o que causou grande tumulto. É claro, que o pessoal se conteve mais, levando em consideração que esta seria a 1a edição e portanto estaria sucetível a erros, mas....isso seria só o começo de uma grande palhaçada!
Com largada na frente do Centro de Convenções, os atletas iam chegando e a cor azul ia tomando grande destaque entre os atletas...sim, era o pessoal do Cruzeiro, os quais foram convidados pelos organizadores a participarem "de graça" da prova, a fim de que fosse dado um "plus" na estréia. Ahã.. ponto negativo, já que, como disse anteriormente em matéria, foi negado ao meu pai, o qual tem 63 anos, o direito de pagar meia inscrição, sob o argumento de que não teriam patrocinadores e por isso seria inviável. Ok, inviável cobrar meia, mas totalment viável trazer sabe se lá quantos atletas do Cruzeiro diretamente de Belo Horizonte apenas para "elitizar" a prova.
Antes da largada, a 1a confusão já avisava que o dia ia ser animado. Uma atleta, a qual prefiro não mencionar o nome, ao tentar fazer sua inscrição na hora, foi barrada. Nesse momento, houve discussão, bate boca e até uma ameaça de se chamar a polícia. Após alguns minutos, a atleta fez sua inscrição, mas...ponto negativo.
E foi dada a largada, sem apito, sem corneta, apenas com a contagem regressiva do povo. Caminhantes e corredores se misturaram e ouvia-se os corredores griando para os caminhantes saírem da frente. Eita educação danada de boa, sô! O percurso foi bacana, o tempo estava aberto e passando pela orla da praia, tinha-se uma vista bem legal e pura. A subida da Ilha já não era novidade, já que dia 29 de julho tivemos uma prova com essa mesma subidinha, linda, porém igual.
No meio do caminho, os caminhantes pediam informação sobre onde deveriam voltar, já que não avia placas que os orientasse e o pessoal do exército não tinha a menor idéia do que estava acontecendo. Ponto negativo.
Os atletas iam chegando e o mehor, aliás, o pior ainda estava por vir. Obviamente o 1º colocado foi um atleta do Cruzeiro, o qual embolsou nada mais, nada menos do que R$ 1.000,00... sim.. aquele que não gastou exatamente nada para vir até aqui, tirando a chance dos pagantes de degustar da felicidade de ter um prêmio desses...Ponto negativo.
As medalhas de participação dos atletas, realmente muito ecológica, lembrava bem aqueles artesanatos feito em cadeia. E as fitas, sim, as fitas que seguram as medalhas, simplesmente não tiveram dinheiro para comprá-las e improvisaram com cordinhas, tipo de amarrar embrulho de ovo! Pelo amor de Deus, aí, são pelo menos 5 pontos negativos, minha gente! Passaram então, a entregar os troféus por categoria. Pelo andar da carruagem, até foram bem, já que os atletas até a categoria 54-59 conseguiram receber o seu troféuzinho, pois para as categorias que se sucederam, não havia mais troféus, sim...mais uma vez devo dizer, acabou a verba, não tinham dinheiro, dimdim, bufunfa. E quem pagou por isso? Os atletas que foram convidados a retirar seus troféus amanhã ou no Centro de Convenções ou numa lojinha por aí...Ponto mais do que negativo, ponto negativíssimo. Após 10km de esforço, de suor, privar um atleta de seu tão sonhado troféu, de sua foto no pódio com sorrisão banana na horizontal, me deixa totalmente sem palavras. E pensar que parou por aí.. Não,não. Os 3 primeiros colcoados de cada categoria, ganhavam prêmio em dinheiro e se estamos falando até agora da falta deste, não é impossível adivinhar o que aconteceu. Um povo enfurecido ameaçando quebrar tudo e chamar novamente a polícia. A solução para o problema, ridícula, mas ainda assim uma solução, e cabe dizer, justa até, foi fazer o organizador formar uma fila e assinar cheque por cheque. Se saiu caro? Ah, saiu sim.
Não poderia ter sido pior, até porque, o que faltou mais acontecer? Isso foi mais um exemplo do que eu vivo postando aqui. A indústria das corridas vem crescendo cada vez mais. Pessoas que se intitulam "organizadoras", (aliás, só se for, organizadoras de confusão), estão mais preocupadas com seu lucro, do que com os atletas. Felizmente quem organizou a prova teve sua lição. E não estou falando do prejuízo não, isso foi consequência do principal, que é a falta de orinetação e capacidade de realizar um evento para tantas pessoas, que são consumidoras, afinal pagam para participar e portanto merecem respeito e tem todo o direito de reinvindicar o que lhes foi prometido e divulgado no meio.
Termino esta postagem feliz pelo desabafo e confiante de que provas desse tipo nunca mais sejam realizadas na baixada e nem em lugar algum.

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