domingo, 1 de junho de 2008

ESTREIANTES GARANTEM VICE NA MARATONA PAULISTA

Luiz Carlos Fernandes da Silva nunca havia disputado uma maratona até este domingo, mas estreou na distância com o pé direito. Disputando a Maratona de São Paulo, na capital paulista, ele terminou na segunda colocação com o tempo de 2h17min24, atrás de Claudir Rodrigues com 2h17min17.
'Realmente, eu não esperava este resultado. Tínhamos combinado com nosso treinador de correr no máximo 21 quilômetros', explica o atleta, especialista em provas de fundo.
O domingo, aliás, foi de muitas surpresas no pódio. Isto porque a vice do feminino, Edielza Alves dos Santos, também é uma estreante nos 42.195km. 'Corro provas até 21km', diz. Ela garantiu a prata com 2h42min45, a 0s24 da bicampeã Maria Zeferina Baldaia.
A tática para superar a falta de experiência na prova foi correr com cadência, garante Luiz Carlos, que competiu uma semana após pegar um forte resfriado. 'Não fiz um treino específico. Fui correndo e sentindo que dava para ir um pouco mais, mas não sou
atleta de maratona'.
A estréia com pódio deu muita confiança. 'Gostei. É mais fácil que provas de 5km ou 10km, que são paulada'.
Edielza também descobriu um novo horizonte a explorar. 'Sou atleta de curta distância, mas vi que tenho potencial para maratonas', avalia a baiana, fazendo planos para correr mais uma prova em breve. 'Talvez dispute a Maratona do Rio... talvez'.
No extremo oposto, Marizete Moreira dos Santos é uma especialista em maratonas. Corredora desde 1999, ela já foi duas vezes vice-campeã na prova paulista, em 2004 e 2007. Desta vez ficou uma posição atrás com o tempo de 2h43min29, mas, garante, não tem do que reclamar.
'Estou muito feliz porque fiz uma boa prova depois de sete meses parada e entrar em ritmo de
competição é o mais difícil', ressalta. O afastamento das competições foi provocado por uma bursite no tendão de Aquiles do pé esquerdo.
O retorno aos treinos aconteceu apenas em março e ela ficou fora também da disputa pelo índice para os Jogos Olímpicos de Pequim. 'Mas graças a Deus estou sadia', minimiza satisfeita e segura de que poderia ter corrido até melhor. 'Mas não sou boa para correr no frio. Se estivesse mais quente teria feito um tempo melhor'.

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