domingo, 18 de maio de 2008

A LOMBALGIA DO CORREDOR

Eu sempre procuro postar sobre algum assunto que ouvi por aí, ou alguma coisa pela qual já passei. A bola da vez são as dores lombares. Agora que voltei a correr, talvez por não voltar ainda para a musculação onde eu trabalhava vários músculos importantes como joelho, panturrilha e lombar, passei a sentir algumas dorezinhas que estão me incomodando, dentre elas a lombar... Então, achei legal pesquisar um pouquinho sobre isso até para que aqueles que não sofrem do problema possam se previnir...
A corrida é uma atividade física que depende da ação da musculatura do tronco para mantê-lo dentro de uma postura adequada durante um longo período de tempo. A dor lombar (lombalgia) é um sintoma comum na população em geral, onde cerca de 60% a 90% apresentam ao menos um episódio no decorrer da vida, mas também é queixa comum em corredores. A coluna lombar se comporta mecanicamente como uma ponte de transmissão de forças entre os membros inferiores e o tronco, realizando os movimentos básicos de flexão, extensão e rotação, embora os movimentos combinados sejam os mais representativos. Manter a postura ereta durante a corrida exige uma atividade muscular constante dos grupos musculares lombares e dorsais, o que não ocorre necessariamente com os músculos abdominais, frequentemente enfraquecidos nos corredores. As causas mais freqüentes das lombalgias são mecânicas, embora muitas causas secundárias também sejam descritas: distúrbios dos discos intervertebrais (hérnias, protrusões), músculo-ligamentares (lesões musculares, síndrome miofascial), ósseas (espondilolise, espondilolistese, síndrome facetária, disfunções sacro-ilíacas), traumas (fraturas agudas, por estresse), reumáticas e secundárias a doenças (infecções, tumores).Podemos considerar alguns fatores predisponentes às lombalgias mecânicas:
O desequilíbrio das forças entre os grupos musculares flexores e extensores do tronco.
*As cargas repetidas e/ou excessivas na coluna lombar.
*Vícios de postura durante a corrida e predomínio do padrão de extensão do tronco.
*Flexibilidade diminuída nos grupos musculares do tronco e membros inferiores
*Intervalos de descanso entre treinos insuficiente, fadiga muscular.
*Aumento não programado ou desproporcional do volume e intensidade de treinamento.
*Treinamentos em pisos rígidos, tênis inadequados.
Olha aí, a importância da pesquisa.... já me enquadrei no penúltimo e último ítens...
O conhecimento da história natural da dor lombar, as características individuais do corredor e um exame físico adequado, são informações preciosas para o diagnóstico e tratamento das lombalgias. Os métodos de imagem podem ser úteis na identificação e complementação diagnóstica. Abrangem as radiografias simples, a tomografia computadorizada, a cintilografia óssea e a ressonância magnética. É importante salientarmos que os exames de imagem devem ser sempre correlacionados com os sinais e sintomas dos pacientes, já que muitas alterações encontradas podem ser achados comuns e sem importância clínica. As lombalgias são na maioria das vezes tratadas clinicamente e os objetivos da reabilitação abrangem a recuperação do movimento completo e o restabelecimento da função normal da coluna lombar sem a dor, promovendo um retorno às atividades esportivas. O tratamento inclui basicamente:


*Controle da dor e inflamação após avaliação médica
*Repouso relativo e modificação das atividades para a diminuição da dor
*Fisioterapia (exercícios de alongamento dos membros inferiores e tronco, *fortalecimento e condicionamento muscular do tronco e músculos abdominais).
*Correções biomecânicas (troca de tênis, modificação de treinamento, correção de postura).
*Condicionamento aeróbico progressivo
Previna a lombalgia e corra sem dores. Bons treinos!

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