quinta-feira, 24 de novembro de 2011

IRRESPONSABILIDADE OU MALÍCIA...NÃO DÁ PRA ENTENDER


Eu sinceramente não entendo. E na verdade nem faço questão de enteder mesmo. O que está acontecendo com o esporte? Pra que essa necessidade de vencer na base de susbtâncias ilegais?

Há 3 dias atrás, tivemos a notícia de que o velocista jamaicano Steve Mullings, dono da quarta melhor marca do ano dos 100 m rasos com o tempo de 9s80, foi banido do esporte por reincidência no doping. O cara resolveu tomar um potente diurético que permite uma rápida eliminação de fluidos no organismo, que pode ser utilizada para mascarar a presença de outros produtos proibidos.

Caramba, eu não canso de ficar chocada com notícias como essa. Sempre achei um contrasenso aliar corrida à drogas. Não combina. Simples assim.

Eu sei que realmente é bem difícil hoje em dia um esportista se manter no topo por muito tempo e viver disso, já que englobam tantos fatores, em especial a falta de patrocinadores, porém usar qualquer tipo de droga para que possa mostrar o que e fato não é...me desculpem não dá pra entender.

Ok. Não coloco somente a culpa no atleta. Posso estar dizendo uma enorme besteira, mas na minha opinião a culpa, na grande maioria das vezes é do técnico. É ele quem orienta, e consequentemente ele quem acaba apresentando caminhos mais rápidos para se chegar ao topo, objetivando, é claro, a sua promoção com futuras "vitórias".

Ainda sou e sempre serei adepta ao esporte saudável. Ainda sou adepta à exaustão, à determinção, ao sangue nos olhos por um resultado melhor. E se não alcançar o obetivo final, que pelo menos eu tenha saído com a consciência tranquila, na certeza de que fiz o que  podia e talvez até um pouco mais.

Aí, vem com aquele papinho de que: "Eu coloquei um remedio no nariz, porque estava constipado"..." Peguei um biscoito em cima do balcão e ele estava contaminado"...." Foi um colírio que eu pinguei"..

Tenha Santa Paciência! O cara vive do esporte (e aqui, já não falo só das corridas não...é natação, é ginástica olímpica, é atletismo, é tuuuuuudo) e não é capaz de perguntar ao seu médico se determinado medicamento é permitido e garantir-se de que nenhuma susbtância contida ali pode afetar o seu rendimento ou prejudicá-lo num exame anti-dopping? Fala sério. Irresponsabilidade...ou meramente malícia.

Enfim, como eu disse...totalmente a favor do esporte limpo. Morro com meus tempos horríveis, porém batendo no peito que sou Esportista de verdade!



domingo, 20 de novembro de 2011

FIM DE CAMPEONATO, FIM DO ANO, FIM DE TUDO....

Pra mim véspera de prova é sagrada. Claro, com algumas exceções. Não vamos ficar bitolados na idéia de que somos quenianos e que não podemos dar uma passeadinha no dia anterior. Mas na boa, acho importante a gente fazer coisas lights, não se estressar para que no dia da prova, tudo esteja no devido lugar.

Sabadão. A idéia era justamente essa, já que os treinos estavam começando a engrenar desengrenando. E então...uma puuuuta discussão realmente poderia ter me desistabilizado, mas felizmente me deixou mais leve. Coloquei tudo que me sufocava pra fora e acabei resolvendo todas as pendências que poderiam continuar minando os meus treinos...em resumo minha vida.

Presente de Deus

Ás 06:15 estava de pé.. e dormi feito um anjinho...rs...Cheguei na concentração e tudo ainda estava sendo levantado..pra variar. Atravessei a rua e fotografei ...um presente de Deus...Não dá pra não agradecer....Era ali que eu iria corrrer, e era ali que mais um Campeonato terminava. Seis etapas se foram. Ok...3 muito boas, 3 nem tanto, mas ainda assim...6 etapas se foram...Em meio a trancos e barrancos, a alegrias, a decepções, promessas de volta aos treinos e as mesmas promessas quebradas e refeitas...enfim...era o fim de mais um ano de treino e determinação.


08:30 era a largada. Coloquei o fone no ouvido. Se eu não corresse com música, não sei o que iria acontecer...rs...25ºC. Estava sol, estava quente. E eu que vinha treinando à noite, correr com sol não era lá tão favorável, diga-se de passagem...

E lá fui eu...Cecília, uma amiga minha, resolveu me dar uma forcinha, apesar de estar ali por amizade, já que ela está em ótima forma física....Mas tão generosa, achou melhor correr comigo a chegar 2, talvez 3 minutos na minha frente.

No km 1, só por curiosidade, olhei para o relógio...e percebí que? Estava zerado...kkkk.... No estress, ativei no km 1 e pronto...Há algum tempo atrás, isso seria a morte pra mim! E ví que estava a 5:12 por km...é né....rsrs....Marcus, desculpa te decepcionar...rs....!!!!!

Bacana que quase na altura do km 4, avistei lá na frente meu pai de pipoca no meio da multidão. Fiquei tão feliz. Sei o que representa pra ele estar ali correndo de novo no meio da gente.. Só quem se lesiona sabe a alegria que é, conseguir, seja lá em que ritmo...voltar a correr. Cheguei nele, porém nos separamos pouco depois, já que ele faria somente metade do percurso. Fiquei feliz, muiot feliz.

E se em todas as outras provas, eu ia deixando em cada km um problema, dessa vez, fui fazendo um pedido...10...rs...E como eu disse a um amigo: " O Gênio da lâmpada me concedeu apenas 3 e eu já os gastei há mais de 5 anos atrás...rs.."  Então, esse foi o jeito de pedir mais algumas coisinhas...rs...

Como eu disse, o sol estava forte e realmente me passou sim pela cabeça parar. Mas o que eu ia ganhar com isso? Me sentir uma bosta...no mínimo...então...bora lá colar em qualquer pessoa que pareça estar como você...ou seja, com vontade de morrer....rsrsrs...num bom sentido, óóóóóbvioooooooo.....

E então, percebí que não adiantava eu correr... tudo estava perdido, de certa forma. Não havia mais a menor possibilidade de eu fazer o tempo que eu desejava..48min...aliás estava tão longe...rsrsrs....

O que eu tinha a fazer então? Diminuir e correr só pra chegar....salvo se eu quisesse novamente chegar toda torta, vomitando e pagando um King Kong...Nada disso...nada de Kink Kong!

E assim foi até eu avistar a chegada..linda chegada...Nada mudou....0:52:34. Menos de 1 minuto abaixo e uma sensação de que tinha corrido acima de 10 minutos...Tudo bem...deixa pra lá...

Na verdade tufo chegou ao fim. E o importante foi ter tido a força e determinação que eu precisava e que era necessária pra não desistir lá a trás na 3a etapa quando muita coisa aconteceu. Segui em frente e com certeza isso me fez perceber o que realemnte eu já tinha que ter percebido: Deus dá o frio, conforme o cobertor. Nós somos os seres mais adaptáveis do mundo. Temos essa capacidade. E então, se sentirmos dor, se sentirmos vontade de desistir de tudo, com toda certeza posso afirmar: iremos nos acostumar. É assim sempre...

Apesar de ter ficado fora da Premiação do Campeonato este ano, termino feliz, e com uma sensação de ver cumprido.

Depois que voltamos na corrida, já era hora de nos arrumarmos. Chegou o dia da confraternização da equipe. A gente espera o ano inteiro pra isso. Vamos cansados, mas todos felizes, contando as façanhas da última prova e relembrando todas as anteriores.


meu filhote lindooooo....

Fato é que foi divertido. Cantei, ri, e descobri que tenho um talento em casa. Meu filho subiu ao palco, cantou, se empolgou e não queria largar o microfone...rsrs...


E querem saber da novidade? Perguntem a ele se ele quer fazer natação...A resposta é enfática: "Não, eu quero fazer correria!"...kkkkkkkkkkkkkkkk... Eita que esse garoto me enche de orgulho!!!

E pra variar, fizemos o sorteio de prêmios. Eu queria ter ganhado o quadro de medalhas que tb ganhei no ano passado, mas não ganhei. De toda forma, minha mãe abocanhou mais uma vez uma garrafa de vinho....rs...já virou tradição...rsrsrsr


E foi isso...Semana que vem, talvez participe como pipoca de uma prova noturna aqui na minha cidade...mas vamos ver....De toda forma....feliz!!!!


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

HOJE É DIA DE VÍDEO

Bora lá... sexta-feira...sem palpitações...Então...já que naum treinei, resta asssistir a um vídeo...sobre o que mesmo???? rsrsrsr.... Sim....corrida.....


Será que é por isso que eu ando tão cansada?????rsrsrsrsrsrs

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SUSTÃO!



Ontem, após eu ir dormir, lá pelas 22:40, ao deitar na cama, tomei um enorme susto. Sentí uma palpitações no peito como se eu tive mesmo assustada e em seguida uma grande falta de ar. Simplesmente não vinha aquela respiração cumprida que a gente busca pra descansar.

Sentei na cama, tentava respirar. Nada. Levantei, molhei o rosto, bebí água. Simplesmente horrível. Conseguí dormir depois da 01:00 da manhã...nem sei como.

Hoje pela manhã acordei meio estranha. Fui até a farmácia, pedi a pressão que estava 11 por 7. Pra mim que tenho pressão 12 por 8 tá bom demais, não é considerada baixa. Mas mesmo assim, ainda tô meio assustada.

Marquei cardiologista. Mas também acho que é devido à minha ansiedade. Hoje terei uma conversa importante e isso pode estar associado exatamente a essa conversa.

Enfim...esse portal de 11/11/2011...apontou pra mim de forma muito esquisita viu!!!!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

MARAVILHA

Hoje fiquei muito feliz. Achava realmente que a nuvem havia ido embora, porém voltou..mas voltou tão carregada...rs...Fato é que diferentemente das outras vezes, acabaei treinando muito forte hoje. Minha amiga Patrícia me convidou para um treino diferente... e  põe diferente nisso.

E eu que vinha treinando no planinho...vixe, quando vi o que a guria estava planejando...quase pirei. Primeiro, começamos correndo os primeiros 2km pela areia. Depois já avistamos a Ilha Porchat, um morro muito lindo aqui em Santos..lindo e ...di´ficil de subir...Achei que fosse parar, mas conseguí, e aqui cabe dizer, sabe se lá como chegar até o topo. Descemos.

Mais um planinho pela Biquinha. E depois de anos, voltei a passar em frente à prainha onde comecei a correr quando eu tinha 17 anos. Ainda descalça, sem nenhuma expectativa de fazer os 10km abaixo de 1 hora...rs. Parada pra água.

Atravessamos a Ponte Pensil e quando Patrícia me mostrou o outro morro que iríamos subir, confesso que quase disse: Amiga, vai na fé que eu te espero aqui embaixo. Mas, como eu nunca tinha feito esse percurso, resolví encarar a experiência. O ruim foi mesmo o piso que era de paralelepípedo.. que eu odeio. Mas na boa.. fiquei meio receosa.. não havia uma alma viva lá em cima...juro que corrí mais do que podia, só pra descer logo aquela bagaça que tinha mais opu menos uns 2km pra cima e 2km pra baixo.

Após, fizemos o retorno...Um gelzinho...e bora continuar. Parada pra água e sem parada pra recuperar fôlego. As perninhas já estavam perdendo a bateria. Quando entramos de novo na areia, era cansaço junto com satisfação de conseguir fazer um treino difícil, diferente e completo. 16km...pingados...Feliz! Pelo menos dessa vez.. eu descontei na corrida!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011


NÃO É O QUE ESTÃO PENSANDO...


Calma, não é o que estão pensando...Eu sei que eu dei uma sumidinha, porém diferentemente das outras vezes, estou treinando e...diretinho por sinal. Agora além dos tiros, também iniciei os longos...quer dizer mini longos...rs...comecei correndo 16km no domingo. Mas valeu, pois estava sol, vento e foi pela areia, portanto, não estou tão mal como achava que estaria.

De toda forma, o que me falta mesmo é tempo...Dia 20 terei a última etapa do Campeonato Santista, e 26, uma prova noturna fechando assim o meu calendário de 2011.

Tudo entrou novamente nos eixos...tenho certeza! Mas pra ficar melhor, eu gostaria muito de terminar o ano correndo abaixo dos 50...será que dá??? Vamos ver....

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

NEM CÁSPER LÍBERO IRIA ENGOLIR A DESCULPA PARA A MUDANÇA NO PERCURSO DA SÃO SILVESTRE



Demorou, mas a direção da Fundação Cásper Líbero, uma das organizadoras da Corrida Internacional de São Silvestre, emitiu um comunicado oficial nesta terça-feira para justificar o verdadeiro absurdo que foi a mudança no percurso da prova pedestre mais importante do Brasil, realizada desde 1924. Mas cá entre nós, seria melhor que não tivesse dito nada.

Segundo Julio Deodoro, diretor geral da São Silvestre, o maior problema foi conciliar a chegada da prova, que há anos ocorre na Avenida Paulista e agora será em frente ao Obelisco do Ibirapuera, com a festa do Reveillón da Paulista. “Os eventos na Paulista chegaram ao seu limite de capacidade física, é impossível manter a chegada da Corrida na Paulista junto com o inicio do Reveillón e manter todos os serviços ativos como hidratação, devolução de chip, entrega de lanches e medalhas e área de apoio a equipes”, explicou Deodoro.

Pior ainda foi o trecho do comunicado em que se tenta justificar o local da chegada e que resultará no maior estupro que a tradição esportiva brasileira sofreu nos últimos anos. “…Os atletas cruzarão a Avenida Paulista pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio e finalizarão o percurso em frente ao Mausoléu dos Revolucionários de 1932, local onde se encontram depositados os restos mortais de Cásper Libero e onde haverá, a partir deste ano, um evento em homenagem ao idealizador da Corrida Internacional de São Silvestre.”

Na boa, nem o coitado do Cásper Líbero engoliria uma cascata dessas…

Como já escrevi em um post, há exatos dois meses, as tradições no Brasil são jogadas no lixo sem a menor cerimônia. Mas que mal tem em mudar a chegada da prova mais tradicional do Brasil, e uma das mais importantes do mundo, se o objetivo é aumentar ainda mais o faturamento nas inscrições e não mexer no local da festa meia-boca de fim de ano da emissora de TV que transmite a própria prova, não é mesmo?

Ah, para quem não concorda com este verdadeiro assassinato às tradições da Corrida de São Silvestre, neste feriado de Finados, um grupo de corredores que estão se mobilizando na internet e em redes sociais contra a mudança do local da chegada da prova fará um treino-protesto saindo e chegando na Paulista, no percurso antigo, a partir das 7 horas da manhã.

É por isso que torno a dizer...em que pese muitos corredores achem que a corrida é uma festa, na minha singela opinião, não há festa com desrespeito! NÃO CORRO!

Fonte: Espírito esportivo por Marcelo Laguna
BIBLIOTECA DE CORREDOR: MELHOR DO QUE O CAMINHO É O CAMINHAR


Em julho de 2002, com apenas 31 anos de idade, descobri, no susto, que era portador de uma doença grave, a hipertensão arterial. Havia feito por merecê-la, não dava para negar: quinze anos de fumaça de cigarro nos pulmões, muito trabalho e estresse (e quase zero de lazer), sedentarismo total, alimentação desregrada e, por conta disso, muitos quilos a mais. Foi só uma inflamação de gengiva e uma consulta de rotina ao médico. Mas poderia ter sido um infarto ou derrame...

A modificação no estilo de vida teria que ser radical. E foi. Parei de fumar, passei o zíper na boca (sem exageros), peguei algumas das horas extras no serviço e, a elas, dediquei a mais importante de todas as mudanças: a atividade física. Nada mais que algumas caminhadas diárias no começo. Mas o suficiente para voltar a ter um número de dois dígitos na balança. E, inspirado pelo cenário e pelas pessoas que faziam parte dele, ousar fazer algo inimaginável para quem estava havia tantos anos totalmente inerte.

Resgatando um passado distante como esportista, sem qualquer talento especial para nenhuma modalidade, mas muita vontade para experimentar várias, redescobri uma com a qual já havia tomado algum contato: a corrida. Ainda com os pulmões sujos e muita coisa em torno da cintura, teria toda dificuldade do mundo para praticá-la. Mas toparia o desafio, compraria essa briga. Ouviria muitas gozações quando, já começando a tomar um certo gosto pela coisa, tentasse enfrentar as ruas. Nenhuma delas capaz, entretanto, de me tirar do rumo certo. 30 kg se foram. Ganhei o direito de praticar meu esporte em paz.

O livro conta muitas histórias da transformação desse obeso doente, fumante e sedentário em um corredor de longas distâncias. Desde a primeira prova, com todo o temor do mundo de não conseguir fazê-la (ou ser o último colocado nela), passando pela realização de um sonho de infância, pela redescoberta do prazer de viajar para correr em outros lugares, pela evolução das corridas “caseiras”, pelos dias em que resolvi dividir as minhas histórias de corredor e em que me tornei um “maluco do asfalto”. Fala de dias difíceis, de algumas derrotas doloridas. Mas também de muitas vitórias e conquistas pessoais, alegrias que só o esporte pode proporcionar. Do aumento gradativo nas distâncias das provas, da preparação para chegar pela primeira vez à mítica distância dos 42 km. E das outras tentativas de ganhar o título de “maratonista”, com todo aprendizado que elas trouxeram. Fala de momentos engraçados, de grandes amizades e também de uma missão para o futuro.

Mais informações em:


Autor: Fábio Namiuti

Editora: Ryoki Inoue Produções

Ano de lançamento: 2011

Páginas: 237

Preço sugerido: R$ 39,90


Tá aí, mas um livro para a nossa Biblioteca de corredor



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

FAÇA TIROS E ACERTE NO ALVO


Eu costumo ouvir muita gente reclamando que sua performance não progride faz tempo. Vc treina, treina e quando compete tá lá, aquele tempinho que vc já faz há não sei quantos meses. Falo porque isso acontece comigo também. Há provas que digo pra mim mesma: Vou treinar como uma condenada e diminuir uns 40 segundos. Chego lá, toda a minha expectativa vai pro ralo com o meu suor e com um tempinho igual e às vezes, bem piorzinho viu. Mas no fundo todos nós atletas, ou pelo menos a maioria sabe que o que falta mesmo são uns treininhos de tiros. E vamos reconhecer eles costumam ser os treinos mais desgastantes da semana de um corredor, mas não têm apenas como função fazer você suar mais. Os treinos de tiro são fundamentais para quem quer melhorar o desempenho nas provas longas, bem como os trabalhos de resistência e técnica, o intervalado é fundamental para o aperfeiçoamento da velocidade como qualidade num corredor.

Finalmente após mais de 4 meses sem esse tipo de treino, até porque exige vontade e muita, voltei aos tiros. Tá certo, tô toda dolorida, mas voltei com 14 tiros de 1 minuto pra 1 minuto de descanso, exatamente como eu fazia. E olha, me deu uma confiança ter conseguido realizá-los!!!!! Eles são indipensáveis para essa nova fase, diminuir o tempo. Eu sei, é cansativo, as pernas ficam bambinhas bambinhas, mas corredor que é corredor sabe ou pelo menos deveria saber a importância dos tiros.

Quando falamos de velocidade em corridas de fundo, estamos na verdade nos referindo ao aumento da capacidade de desempenho da resistência, uma vez que desejamos correr mais rápido os percursos de 5 km, 10 km e até maratonas. Alguns métodos já estão consagrados para a melhoria do desempenho nas corridas de fundo. São eles:

Intervalado: São períodos de corrida com intensidade elevada (conhecido por todos como tiros), com intensidade acima de 80% do limite do atleta, podendo chegar a 100%, associados a períodos de recuperação passiva ou ativa (trotando, caminhando ou parado). As distâncias para os tiros variam de 200 a 3.000 metros, conforme a necessidade de cada corredor e sua fase do treinamento. Corredores de maratona utilizam tiros mais longos, como 1.000, 2.000 e 3.000 metros. Já os corredores de menores distâncias, como 3 e 5 km, podem utilizar distâncias menores para os tiros, de 200 ou 400 metros. Isto não significa que ambos não possam fazer treinos com distâncias curtas ou longas.

É muito comum atletas correrem tiros de 1.000 e de 400 metros, tanto pela fácil comparação com o ritmo por quilômetro, como pela facilidade em um treinamento na pista de atletismo. Existem atletas que costumam dar seus tiros por tempo, como 1 minuto, 3 ou 5 minutos. Não há problema, o importante é que o estímulo seja suficientemente forte para que haja efeito no treinamento. A recuperação também varia de corredor para corredor. A recuperação fica geralmente entre 1 minuto e 5 minutos, dependendo da necessidade de uma recuperação parcial ou total. Quando os tiros são mais longos (de 1.000 a 3.000 metros ou mais) o número de séries é mais reduzido, e, quando os tiros são curtos (200 a 800 metros), o número de séries pode ser maior. Como exemplos de exercício, podemos ter 8 a 10 tiros de 400 metros (intensidade 90% a 100%), com 90 segundos a 3 minutos de recuperação andando ou trotando; ou 3 ou 4 tiros de 1.000 metros (ou 4 a 6 minutos; intensidade 80% a 90%), com 1 minuto de recuperação andando ou trotando. O treinamento intervalado resulta em melhoria no consumo máximo de oxigênio e aumento do limiar anaeróbio.

Repetição: Estes são intervalos curtos de corrida, de 30 a 90 segundos, numa intensidade de 90% a 100%, com período de 2 a 5 minutos para completa recuperação. O treinamento de repetições é aplicável sobretudo para obter resistência em velocidade. Como exemplo de exercício, podemos ter 12 x 200 metros por 3 minutos de recuperação total (parado ou andando, sem trotar).

Fartlek: Este método de treinamento se originou na Suécia e significa “Jogo de velocidade”. Seu objetivo é alternar ritmos de maiores e menores intensidades. O atleta decide o ritmo e as distâncias a percorrer — podem ser corridas rápidas, curtas, longas ou até mistas. O importante é não ter um critério preestabelecido. O estímulo pode se dar por tempo, pelo feeling do atleta, ou até mesmo um parceiro poderá ditar algum ritmo. Literalmente, você irá brincar de velocidade. Como exemplo de exercício, podemos ter 2 km de aquecimento, 30 minutos de estímulos variados fortes e fracos e 1 km de desaquecimento.

Ritmo ou “de Limiar”: Este tipo de treinamento visa correr beirando o limiar anaeróbio, mantendo um ritmo constante. Trata-se de corrida de 5 a 6 km em um ritmo levemente abaixo daquele dos seus 10 km competitivos. Por exemplo, se você corre 10 km em 50 minutos, deverá fazer um treino para ritmo e limiar numa velocidade de aproximadamente 5:10 ou 5:15 minutos por quilômetro. Como exemplo de exercício, podemos ter de 1 a 1,5 km de aquecimento a 5:30/km e 4 a 5 km a 5:10 ou 5:15/km, seguidos por 1 km de desaquecimento com trote leve. Este tipo de treinamento pode ser feito durante todo o ano, sem que seja necessário escolher um período específico para utilizá-lo no ciclo de treinamento. Também são importantes algumas dicas para exercícios que estimulam a velocidade de corrida: 1.O aquecimento é fundamental, ele deverá ter atenção especial. 2.Se não estiver bem, modifique o treino, deixe a velocidade para outro dia. 3.O dia anterior e o dia seguinte ao treino de velocidade devem ser leves ou moderados não treine cansado. 4.Certifique-se de que sua alimentação esteja adequada para os treinos de velocidade; carboidratos são fundamentais. 5. Não exagere, os tiros devem ser progressivos para que o organismo se adapte a exigência. 6.Faça apenas um treino de velocidade por semana; variar é permitido. 7.O treino de velocidade não é uma tortura; sabendo dosar a intensidade, você poderá curtir sem se matar. 8.Se estiver quebrado no dia seguinte, é porque exagerou no ritmo. 9. A pista de atletismo é o melhor local para treinar a velocidade; se possível, escolha esse local. 10. Assegure-se de estar com boa condição física para iniciar o trabalho de velocidade, ou seja, dentro do peso corporal ideal.

Que é meio chatinho treinar tiros, isso a gente já sabe, mas o importante mesmo, é lembrar que como o grau de esforço é muito grande, os treinos de tiro devem ser muito bem dosados na rotina do corredor para evitar um desgaste excessivo e até lesões. Considerando pessoas normais e não atletas profissionais, uma vez no mínimo e duas vezes no máximo por semana. É importante ressaltar que é necessário um intervalo de pelo menos 72 horas entre estes estímulos....
 
O importante é: Voltei aos tiros...só falta acertar no alvo!