quarta-feira, 14 de julho de 2010

MAGRELOS, GORDOS, MUSCULOSOS, QUEM LEVA A MELHOR?



Muitas pessoas já me disseram que não correm, porque estão acima do peso...Ah tá...e talvez se corressem não poderiam ficar abaixo???? Outras dizem que não conseguem baixar os tempos também porque estão acima do peso....Há também os que dizem que o cara é mais veloz porque é mais magro ou porque.tem bastante músculo ..Mas eu estava pensando cá com meus botões....será que os musculosos, os magrinhos e os que possuem mais massa tem as mesmas condições em provas?


Eu fiquei pensando nisso,porque quando fiz meu melhor tempo nos 10km, 0:46:05, coincidiu justamente com o período em que eu treinava mais e que consequentemente estava mais magra.


Pois bem...pesquisa feita....


Uma coisa é certa: A dificuldade dos gordinhos em correr é maior, ele vai sofrer um pouco mais para terminar a prova, porém....muita calma nessa hora....


Até os 10 mil o sujeito pode ter uma massa muscular mais avantajada do que o corredor de provas acima disso. Sabe por quê? Porque hoje em dia em provas até 10.000m, os tempos estão tão fortes que parecem provas de meio-fundo. Para se ter uma idéia, peguemos como exemplo um recorde mundial na distância de 10km em pista estabelecido em 26’17", ou seja, o recordista mundial fez em cada volta de 400m, o tempo de 63segundos.


CARACAS!!!!!! Para quem corre, sabe o que é fazer uma volta de 400m para 63s, faz-se força, agora imaginem vocês dar 25 voltas para esse tempo, sem descanso. Resumindo, o cara tem que ter uma certa velocidade e força. Um magricela não tem tanta força assim, aí é preciso massa muscular para agüentar o tranco. Mas vejam bem, massa muscular não quer dizer...gordura e também não quer dizer excesso de músculos.... ai que difícil que tá isso pra entender....rs...


Já um corredor de longa distância, acima de 10.000m, muita massa prejudica o desempenho, pois é um peso a mais para carregar, apesar de que correr uma maratona para 2h04m27s, por exemplo, ou seja, 71s a cada 400m, em média, também não é para qualquer um.


Nas provas que participo vejo gente de todo tipo....desde aqueles mulequinhos magrinhos feito frangos até homens gigantes, cheios de músculos que passa logo de cara a impressão de que tem dificuldade até para andar, quiçá para correr.


Volto a dizer, quando fico mais magra, corro mais. Não adianta eu me alimentar legal, fazer musculação, ser forte, cheia de músculos. Isso atrapalha. Você perde um pouco a mobilidade. Ter um pouco mais de massa muscular ajuda bastante, mas músculos em excesso não, aliás, atrapalha.


Muita gente quer por que quer correr maratonas, provas de 10km, mas se esquecem que não nasceram para isso, pois por mais que malhem, não conseguem ficar fininhos, pois suas constituições físicas não permitem. Aí, se lesionam com facilidade por causa do peso extra que carregam. Os personais training, professores de Educação Física, preparadores deveriam parar de enganar a população ao dizerem que todos tem condições de completar uma maratona. Ter condições, até que tem, mas o preço que se paga é um pouco alto para alguns.


Como eu disse acima, ter massa muscular não quer dizer ser gordo. Quando corremos, nosso principal combustível (fonte energética) é o glicogênio e depois a gordura é queimada. Quem é um pouco gordo ou está acima do peso, dispõe de mais energia a ser queimada , porém o grande inconveniente é o peso extra que acaba se carregando, podendo haver um cansaço prematuro, e sobrecarregar a musculatura e as articulações, levando até a uma lesão.


Por isso geralmente os maratonistas ou fundistas são mais magros, e nem sempre são magros por que simplesmente fecharam a boca ou fizeram algum regime milagroso, e sim o treino que exige muita quilometragem e dedicação e conseqüentemente se acaba emagrecendo de forma natural.


Quando eu engravidei, engordei 13,5kg, Imaginem eu com 1,52 de altura, pesando 47kg atualmente, com 13,5km a mais???? Na primeira semana, após ter o meu filho,perdí de cara 8,5kg...na facilidade, sem fazer nada....Após 2 meses, voltei a treinar. Os 5 quilos que 5 quilos que restavam foi difícil perder. Nessa época tive a oportunidade de ver como quilos a mais dificultam o treinamento. Eu cansava logo, suava muito....apernas pesavam, as costas doíam. Depois fui perdendo naturalmente, com os treinos, sem dieta.


Atualmente estiu tentando entrar na garrafa...rs....Quero enxugar tudo poara a prova dop dia 08 de agosto e em seguida do dia 15, 1 semana depois. Preciso de velocidade....Meus treinos diários são em média de 1 hora e 20 com 30 segundos a mais do tempo que desejo fazer na prova por quilômetro. Tá puxado, porém nessa brincadeirinha, já se foi 1,5kg. Tá secando tudo qui...rs...


Então pra finalizar: magro demais não tem força pra encarar o tranco, gordo, se cansará mais raído e forçará mais as articulações podendo causar lesões, musculosos em excesso perderão a mobilidade durante a prova....o segredo é ser magro, porém com um bom trabalho de musculação, juntamente com boa alimentação, ter boa massa muscular....Tá entendido?????

terça-feira, 13 de julho de 2010

VENCER PERDENDO E PERDER GANHANDO
Verdade seja dita: quanto mais a gente diminui o nosso tempo nas corridas, mais a gente quer diminuir. È uma coisa nossa, de corredor....Talvez uma vontade de testar nosso imite, saber até aonde a gente consegue ir sem conversar com São Pedro...rs...

O problema é que com a vontade de diminuir o tempo vem também a fome por competições. E aí a gente finalmente é recompensado e sobe no pódio. È a glória...a maior recompensa por todos nossos esforços, nossas privações... o tão sonhado pódio.

Pronto, aí lascou de vez! Quando o bichinho do pódio te pica, você passa a se cobrar muito mais do que antes...e chega ficar bravo consigo mesmo achando sempre que poderia ter feito o melhor...muitas vezes, faz, outras não...Mas vai colocar na nossa cabeça de que correr não significa obrigatoriamente subir no pódio...é apenas uma consequência...

Na verdade é aí que mora o problema. Quando passamos a competir, parece que que apertamos um botão de start e pronto, levamos aquilo a ferro e fogo. Digo isso por mim. No início do ano passado quando comecei a baixar minhas marcas....de 55minutos pulei para 46, algo mudou na minha cabeça. E confesso, não mudou pra melhor não. Eu chegava na concentração sabendo quem era cada uma das minhas adversárias, nome, sobrenome, tempo nas provas anteriores e encarava cada uma delas como verdadeiras inimigas de guerra. Passava, não cumprimentava....um horror....aliás, quantos anos mesmo eu tinha pra fazer isso????? Chegava oa cúmulo de esconder meu numeral para que elas não vissem a qual categoria eu pertencia. Escondia o meu numerl, mas ficava feito louca procurando os possíveis numerais que seriam meus adversários....coisa d egente doida mesmo.

No início, até meu marido achava engraçado, mas depois começou a me dar alguns toques do tipo: “Meu, tu leva as coisas muito a sério, relaxa, desencana”. Mas não.. tudo aquilo entrava por um ouvido e saía pelo outro.

Até que, no final do ano, numa das últimas provas que fiz antes de me lesionar, encontrei uma das minhas maiores adversárias. Não sei o por quê, mas naquele dia, resolvi puxar papo com ela, perguntando se ela estava bem para correra prova. Então iniciou-se uma longa conversa. Ela me contava que estava sentindo dores fortes do ciático e de sua dificuldade em pagar as provas e eu lhe contava que estava lesionada e que aquela seria minha última prova.

No meio da prova, senti que ia quebrar e sabia que ela estava logo atrás de mim. Fiz sinal com as mãos para que ela passasse e tão logo ela o fez, eu lhe disse: “Vai, Josefa, vai que essa é tua...eu quebrei”. Em melhor situação, ela também não estava e apenas me respondeu: “Não, eu não estou legal, continua forte pega aquela menina de branco, pois ela é da nossa categoria”. Durante o percurso todo, uma foi emparelhada a outra, como se soubéssemos que ambas mereciam chegar juntas pois ambas sofriam...cada qual com suas dores, cada qual com suas dificuldades e cansaço. Quando faltavam 500 metros, ela disse: “Vai, vai que eu to atrás, ganha essa”. Realmente a venci por alguns segundos, mas fiz questão de a esperar no tapete e nos demos um grande abraço parabenizando-nos pela conquista dupla. Confesso que me emocionei muit e daquele dia em diante tudo mudou.

Foi nesse dia que aquele mesmo star que eu tinha de querer vencer todo custo se transformou em admiração pr aquelas que chegam na minha frente ou pelo menos guerreiam até o fim. Aliás, olha ela aí na foto debaixo....



Depois acabei fazendo amizade com mais algumas da minha categoria....fazendo exatamente a mesma coisa. Se por a caso a visse no canto, chegava junto, perguntava se estava tudo bem, pelo menos aquelas que pensam, como eu. Acho que muitas vezes a gente vence, mas perde algumas coisas. E em outras, a gente perde a prova, mas ganha tantas outras, como por exemplo amizade. De que adianta vencer a todo custo e ser vista como uma corredora imponente, antipática? A corrida não é um esporte de socialização? As pistas não são campos de batalha. A competição é sim muito saudável, mas dentro de seus limites. Até mesmo os corredores de elite tem amizades entre eles, por que nós, amadores, meros mortais temos que levar tudo a ferro e fogo?

Como eu disse, é bacana você subir no pódio, felizmente já fiz isso algumas vezes. Este ano foram 3, mas há coisa muito mais importante do que vencer... Medalhas, troféus, tudo fica aí, na estante juntando poeira, e algum dia, acaba sendo jogado no lixo sem nenhum reconhecimento de todo esforço, mas as coisas boas, as amizades que fazemos durante a corrida, essas sim não empoeiram....muito pelo contrário, se renovam a cada dia. Além disso, quanto mais gente você conhecer no meio, melhor, dá para trocar experiências como saber se aquele tênis é legal pra correr, que tipo de planilha ele seguiu pra melhorar o tempo, dá até pra marcar um treininho juntos...É só coisa boa, posso garantir.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

É CHIQUEZA DEMAIS.....
No mês passado eu cheguei a comentar aqui no blog que a nossa equipe, Matungo, Pangaré e Amigos, agora batizada como 4 corredores a pedidos dos patrocinadores, deu uma entrevista para a revista Runner´s World sobre o tênis Sprint, lembram disso? Pois é, a matéria não saiu no mês passado e eu acabei esquecendo.

Porém, este mês, quando abri a revista e coincidentemente na exata página, quem estavam lá numa foto imensa? Nós.... Eu nem pensava que a foto seria tão grande, mas foi. Nananananana... chiqueza total.

Acho que eu nem preciso dizer quem sou eu né? kkkkkkkkkkkk.....Pra variar, a única mulher do grupo....Eu achei a foto fantástica....e a matéria também. Apesar de eu usar o Sprint eu não tinha conhecimento da história que envolvia toda a criação do tênis e suas consequências.

Ah, e a parte da entrevista, minha gente.... Loo na chamada da matéria, diz assim: Alguns juram que baixaram seus tempos graças ao Sprint....




E olha eu aí dizendo que baixei de 55 para 48 e depois pra 46.....E pra variar, até porque se não tivesse polêmica não seria eu, ainda de forma indireta coloquei a culpa pela última lesão que tive no coitadinho.....e foi publicado....kkkkkkk.....



Pronto....rs....tá feita a polêmica. Eu digo que amo o Sprint, mas o crucifico pela lesão. Que contrasenso. Mas na verdade, eu já tinha mesmo falado sobre isso por aqui.É um execelente tênis, tanto que eu uso sempre o Sprint em dias de provas....sempre.... (na ú,tima não usei e me lasquei..detalhe), mas devo dizer que no dia a dia dos treinos, mediante muito esforço, ele não é legal. É um tênis extremamente leve indicado para competições e quando eu me arrisquei a treinar com o mesmo, coincidiu com a síndrome do piriforme que me afastou por 2 meses das corridas. Como eu disse na entrevista, não posso garantir que foi por conta do Sprint, mas tenho quase certeza que foi. Mesmo assim, sou defensora do tênis e garanto que quem usá-lo diminuirá em pelo menos 2 minutos sua marca nas provas.

Viu como sou chic?????? Dando entrevista de 5 linhas....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... numa matéria de 5 páginas....kkkkkkkk... Mas valeu, foi uma surpresa bacana. O meu marido adorou e teve acesso de riso.... nem quase corre e ´já saiu na Runner....rs....muito bom!!!!!!! Aliás, o meu marido é este daponta que inventou de ir de bermuda xadrez.....kkkkkkkkkkkkkk......

quarta-feira, 7 de julho de 2010

SUBINDO, SUBINDO.....
Bom, eu não poderia ter contado sobre a prova antes de ter dito sobre o resultado né....Aquilo estava preso na garganta. Mas, agora sim, muito embora não tenha tido grandes emoções, nem grandes resultados, vale a pena contar.

Dessa vez, apenas eu e meu pai encaramos o desafio. Meu marido nem cogitou a idéia de participar disso, aliás, eu fui a 1ª pessoa a não incentivá-lo, até por saber que pra ele, poderia trazer grandes traumas....rs....

Chegamos na concentração com alguma antecedência. Consegui colocar meu chip,pegar meu kit, colocar as coisas no guarda-volume e tomar meu lanchinho tranquilamente.

Eu estava nervosa. Sabe aquela sensação de que você deveria ter treinado mais??? Pois é. No fundo eu sabia que não dava para ter treinado mais, mesmo que eu quisesse. A garganta estava debilitada, e arriscar a saúde por conta de uma prova não estava nos meus planos....aliás, nunca estará.



Após 7,5km de pura subida...até que o rostinho continua de 33 aninhos...rs...




Meu pai tb fez bonito....carinha de 65...rs....



Faltando 30 minutos para a largada, fui ao banheiro. Enquanto eu esperava meu pai, um homem me disse: “Oi, você é a Luciana, não é????” Mostrei o meu numeral que constava meu nome e disse: “Luciane”. “Vc tem um blog não tem?” “Tenho”. “Eu também tenho...sou o Eduardo”....Antes que ele fizesse qualquer outra pergunta, perguntei: “O Acácio?” “Sim”....Pronto...já nos abraçamos e foi uma festa. Até queria ter dado um pouco mais de atenção a ele e parabenizá-lo por aquela ser a sua 100ª corrida, registrar o momento com a máquina...mas eu estava tão nervosa e tão ansiosa para começar logo o sofrimento, digo, a prova...rs...que ficou mesmo no abraço e satisfação....

Na largada, mesma coisa... neguinho que caminha, querendo ficar lá na frente fantasiado de índio, de duende.... f....o povo não aprende....Assim que foi dada a largada, meu pai saiu na frente feito louco. Eu segurei. Sabia que não adiantava apertar e aquilo ali nem era prova pra apertar.

No km 1, o povo animado, ninguém queria parar... Podia ta rasgando tudo, mas ninguém queria parar...rs...Já no km 2....a gente já via o povo passando a mão na coxa, na panturrilha, falando ai, ai, ai....No km 3...começou o grande martírio mesmo. Quando eu via uma enoooorme subida, não encarava não....andava mesmo. A prova se chama Desafio e o desafio não é terminar, é conseguir subir aquilo sem parar nenhuma vez. Eu andei várias vezes. Era o que mais se via. Por um lado era bom... Você não era tão ruim, ou pelo menos não era ruim sozinho. Na verdade ninguém ali era ruim. A prova é dura mesmo, e não éa toa que é conhecida como uma das mais dura do país.

Pelo menos aqui eu já estava conseguindo ficar ereta e respirar....rs...




Acabei encontrando no caminho uma menina que estava ao meu lado na largada. Era sua 1ª vez na prova. Lá embaixo eu aconselhei a ir devagar. Ela me parecia empolgada. Já no caminho, quando ela chegou ao meu lado, as duas caminhando, apenas me disse esbaforida: “ 1ª e última vez”. Eu apenas disse a ela qe não desistisse, pois todo mundo ali estava sofrendo, não era só ela.



Passei pelo meu pai algumas vezes, num esquema revezamento.. eu corria, ele parava, ele corria e eu caminhava....rs...uma loucura. O engraçado é que ele não me viu nenhuma vez, mesmo correndo esbarrando no braço dele... concentração é tudo....rs.....


Na altura do km 6, onde você não sente mais nada: não sente os bracinhos, não sente as perninhas, não sente os pezinhos, não sente nada...rs....era tudo ou nada. Faltava apenas 1,5km....Eu estava sofrendo muito, sem expectativa de fazer um tempo bom, e nem mesmo a paisagem maravilhosa que a gente pode ver lá de cima, me animava. Eu queria chegar logo. Foi quando lembrei do meu post sobre a dúvida sobre que t~enis eu usaria no dia da prova. Optei pelo Nimbus 11, achando que me daria mais amortecimento e estabilidade. Me lasquei de verde e amarelo, pois como a partir do km 6, dá pra apertar o passo um pouco e assim eu quis fazer, me senti como aqueles prisioneiros com grandes bolas de ferro amarrados na canela. Tava pesadaça. Horrível. Eu tinha força, mas não tinha perna. Aliás, acho que elas (pernas) ainda estão em algum lugar lá na Mata Atlântica, pois não consigo senti-las completamente....rs...

Quando vi a chegada nunca senti tanta alegria... juro por Deus. O problema foi me erguer... Não consegui me erguer completamente .. doía muito o abdômen. E não pensem que passou rápido a dor não...Custei pra conseguir ficar inteira ereta. Pouco mais de 2 minutos após a minha chegada, vem meu pai. A 1ª coisa que disse pra ele foi: “Nunca mais venho aqui, nunca mais”. Ainda não sei dizer se posso levra essa frase a sério, mas acredito que na metade do segundo semestre eu já possa ter mudado de idéia...rs....todos nós somos assim.... É como a dor do parto....pode doer, mas a gente esquece.....

Tiramos algumas fotos, tomamos nosso chocolate quentinho (pelo menos isso nos deram) e fomos embora no ônibus da organização. Quase 1 hora pra descer.....mas foi bom pra descansar um pouquinho....

Assim que chegamos no estacionamento, meu pai, abre o porta malas e simplesmente me mostra um artefato de comida....pão integral com requeijão, isotônico, bolacha, mexerica, maçã, banana....kkkkkkkkkkkkk... o que era aquilo???? O que eu tinha a fazer....? não fiz uma boa prova, estava toda dolorida, a saída...comer tuuuuuuuuuuuuuudo...rs...



eita....







dale comida....


mas é magra de ruindade mesmo....

Ah...peguei um panfletinho no carro do lado falando sobre uma prova em cubatão...rs...vou me inscrever.....

O importante eu fiz....corri, cheguei....e estou aqui....já pensando no próximo desafio!!!!É assim sempre e espero que sempre seja, porque quando não for...quando eu não sentir mais vontade de saber quando é mesmo a próxima prova, quando é mesmo que eu vou sofrer de novo... será hora de parar....tenha certeza....

terça-feira, 6 de julho de 2010

SINAL????




Quando me formei em Direito há 10 anos atrás, fiz um juramento: lutar pela justiça. Mas na verdade, ser justo não está ligado unicamente a um curso superior de Direito..vai muito além disso. Ser justo está ligado ao caráter, a boa índole, à educação, aos nossos princípios. Até hoje tenho pendurado na parede do meu escritório a oração do Advogado e sempre que estou aguardando uma luz para qualquer coisa, sempre leio o seguinte trecho: “ (...) Enfim, quero celebrar as vitórias e êxitos alcançados, e agradecer-te pela vocação que me confiaste no propósito de construir uma sociedade justa e fraterna”.

O problema é que está cada vez mais difícil trazer esse senso de justiça e lealdade para dentro do esporte, em especial à corrida. O que me conforta é saber que após 10 anos advogando para partes certas e parar partes erradas (???), ainda consigo ser justa. E ontem, foi um exemplo disso.

Desde o ano passado, as provas organizadas pela TRIBUNA premiam após o término da prova apenas o geral masculino e geral feminino, sendo certo que a premiação por categoria sai no jornal no dia seguinte e (sim, isso mesmo), caso você esteja entre os 5 de sua faixa etária, recebe o troféu via sedex! Affffffffffffff....Muito embora houvesse total desrespeito com as categorias, muita gente ainda participa..eu mesma sou uma delas, até porque dificilmente consigo estar entre as 5 nesse tipo de prova. A desculpinha para essa atitude é que querem levar em conta o tempo líquido do atleta e portanto para que isso seja possível, o ideal é computar os tempos com maior cuidado já que teria que esperar o último atleta chegar (ãããã??????). Tudo bem, a gente sabe que não precisa, mas a gente deixa eles acharem que a gente acredita nisso.

Assim ocorreu na prova de sábado ns 7,5km Subida da Mata Atlântica. Corri, tomei meu chocolate quente e fui me embora....No domingo logo cedo, meu pai me liga. “Tu não sabe da maior....tu ficou em 3º lugar na categoria”. Na boa, nem vibrei, só disse que o resultado estava errado, até porque eu sabia que não tinha feito um tempo bom e tinha a certeza de quem havia chegado na minha frente. É uma das vantagens ou desvantagens se se conhecer as meninas da categoria....rs....

Fiquei com aquilo na cabeça. Desci, fui na banca, comprei o Jornal. Realmente meu nome estava lá em 3º lugar. Mas não era possível. Então, fui olhando nome por nome, de todas as meninas da categoria, uma por uma. Ia anotando cada uma numa folha e seu respectivo tempo. Coisa de gente doida mesmo, eu sei...rs... BINGO. Tudo errado. A 1ª colocada havia feito 0:58:32, ao passo que a 21ª colocada havia feito 0:52:43. E isso se repetiu no pódio inteiro. Além disso, averigüei que 3 meninas estavam na mesma colocação, mas com tempos diferentes, ou seja, 2 em 30º lugar com 01:34:38 e 0:54:59... Como isso????? Tempos tão diferentes!

Era domingo e eu fiquei como siri na lata. Não dava pra engolir esse tipo de coisa. Três colegas foram prejudicadas. Eu podia ficar na minha, com minha 3ª colocação, mas não seria justo. Pelo menos não pra mim.

Assim, ontem, logo cedo liguei para a Chiptiming, responsável pela apuração dos resultados. Apenas consegui conversar com o cara que mexe com essa parte na 5ª ligação. Expliquei o que estava acontecendo e confesso que antes mesmo que ele me achasse doida, disse a ele que eu poderia sim não reclamar,pegar meu troféu e pronto, mas acho que esse não é o espírito da coisa. No começo ele ficou meio sem acreditar no que eu estava falando, já que a confusão mudaria o resultado do 1º ao 5º lugar. Mas depois, quando ele verificou que realmente o tempo da 1ª colocada era bem maior do que a da 30ª, ficou bem assustado. E pasmem, foi me pedindo ajuda. Também, tentou me convencer que as 3 meninas que deveriam estar entre as três primeiras, estavam inscritas na categoria ELITE. “Nada disso, eu conheço as três, corro com elas no Campeonato Santista”. Acho que ele queria uma saída rápida que não criasse tantos problemas para ele. Enquanto eu estava ao telefone com ele, ao mesmo tempo, pelo orkut, conversava com Vanessa Menezes, uma das prejudicadas pelo papelão Chiptiming. Ela me agradecia por eu estar ligando por ela. Na verdade não era por ninguém, era por mim.

Finalmente ele conseguiu consertar o erro e concordou com o absurdo que foi feito. No entanto, não soube explicar como isso ocorreu. Hoje pela manhã, outra lista saiu na internet, no site do evento, e totalmente reformulada. A bonitinha aqui, pulou do 3º para o 6º lugar....Mas querem saber...nem liguei.

Eu podia ter ficado quieta no meu canto. Era mais cômodo. Certamente conseguiria dormir á noite sem peso na consciência. Colocaria o meu troféu na instante e aí sim, haveria uma grande diferença. Aquela história não era minha, aquele momento não foi meu. Aquela história seria contada por outra pessoa com mais merecimento. No entanto,preferi que minha instante não fosse ocupada por esse troféu, mas apenas pela medalha finisher, que terá uma história linda de justiça.

Ademais, posso continuar pregando e pregando esse tipo de coisa no meu blog. Chega de gente cortando caminho no meio da prova, chega de gente correndo com chip de outro, chega de gente correndo com 2 chips, chega de gente subindo no pódio com a maior cara de pau, recebendo um prêmio que não lhe pertence. Chega!!!!!!

Muito embora eu tenha sido a grande responsável por tudo terminar bem para as outras meninas, ainda fica a revolta. Pagamos caro pelas provas, nessa foi R$ 65,00, não recebemos premiação na hora, ficamos reféns de empresas que nem são capacitadas para uma simples apuração de resultado, e assim caminha a humanidade....aliás, e assim, caminha o nosso mundinho da corrida.

Na boa, talvez tenha sido um grande sinal pra mim. Há algum tempo venho pensando em apenas correr por prazer. Chega de competir. Participar de 100 provas no ano sem suar, sem me matar....Não dá pra ver como a coisa funciona e continuar a insistir em brigar por pódio. Ano que vem tudo muda....tenho certeza....pelo menos pra mim. O que não pode mudar é o senso de justiça, porque o que é meu,é meu e eu luto até o fim, mas o que é dos outros, eu devolvo, aliás, nem pego.

quinta-feira, 1 de julho de 2010




DÚVIDA DIFÍCIL, PORÉM, RESOLVIDA







Bem...sou mesmo um sirizinho na lata....rs....Ontem mesmo estava me lamentando e achando que ficaria sem treinar até sábado, dia da prova, e hoje....kkkkkkkkkkk... eis que me aventuro num treino de 45 minutos de subida....Sempre fui apegada a ditados populares e atialmente o "TÁ NA MERDA, ABRAÇA A BOSTA" em sendo muito bem utilizado...em relação ás corridas....rs. Pensei comigo....Se eu não treinar, vou sofrer pa caramba subindo a Mata e seu treinar,corro o rsco de aumentar as minhas dores, porém minha consciência não doerá.......

Estou ótima. Todavia passei a manhã num dilema: Com qual tênis devo enfrentar o Desafio da Mata Atlântica. Muita gente não acha essa decisão importante, aliás, eu também não acho importante.. e não acho por um motivo.... ela não é importante porque é PRIMORDIAL! É a principal coisa que deve ser acertada no dia da prova. Correr não é simplesmente calçar um tênis e ir à luta...é muito mais que isso, salvo se você quiser correr o risco de fazer um prova "lixo" ou pior...ser preseteado com uma lesão...

O solo influencia diretamente na nossa corrida e até no nosso desempenho. Os nossos pés são nossos pneus....precisam portanto de uma boa proteção. Assim, como na Fórmula1, os carros param para trocar os pneus de acordo com o tempo, nós corredores, temos que trocar o tenis em cada tipo de corrida. Imaginem que loucura seria eu calçar um trilha numa prova no asfalto? Aderem demais, geralmente são mais pesados.... assim como eu tentar treinar todos os dias, com um tênis de performance....Vixe...nem pensar.. e isso digopor exepriência.. já que me lesionei da última vez cometendo esse sacrilégio.

Então fiquei na dúvida sobre: Se usava o meu Nimbus 11, mais pesado, porém com mais amortecimento e estabilidade, correndo o risco de chegar bem cansada até pelo peso do tênis, e fazer uma corrida relativamente ruim em se tratando de tempo ou se corria com meu Sprint, tênis de performance,leve como uma pluma,aliás, bem mais leve...rs...correndo o risco de perder os dois joelhos da terceira curva....e isso fica na altura do km...3....rs....mas fazendo um tempo com chances de pódio...

Confesso que adúvida foi cruel, posto que essa prova ficou entalada no pescoço desde o ano passado. Na 1a edição da provaeu fiquei em 4a na ctegoria. Foi surpresa...beleza. Na do ano passado, eu não subi por 50 segundos....por não acreditar que eu teria chances, acabei largando lá atrás e saindo na calmaria....Fiquei possessa....não exatamente por ter perdido o pódio...mas por eu não ter acreditado que eu podiapelo menos chegar junto....

Enfim,mas antes de eu dizer qual foi minha decisão, achei bancana colocar aqui que tipo de tenis seria o idela para cada tipo de solo....






Subidas: atua no ganho de força muscular, mas produz níveis elevados de fadiga. Os treinos em subidas devem ser moderados, pois forçam demais tornozelos e panturrilhas. Para facilitar, ao correr, incline o corpo ligeiramente para frente.
Descidas: permitem trabalhos de velocidade e técnica. Mas também exige moderação, pois os impactos mais fortes sacrificam demais a coluna. Atenção aos tênis. Não podem ser muito leves, pois forçam demais os joelhos....

Asfalto: também exige bons tênis, pois o piso duro sobrecarrega articulações, como joelhos e tornozelos. É bom para trabalhos de ritmo e de tempo prolongado. Aqui temos duas hipóteses: treinos diários e dia de prova. Para treinos diários, o ideal é usar tênis com amortecimento, estabilidade, confortável, até porque nos treinos é que seu pé acaba se adequando ao calçado. J´pa para o dia de prova, dá para optar por tênis mais leves, os chamados, performance, o que pode garantir resultados melhores em decorrência da leveza. Todavia em provas longas, evite-os.


Areia: parece coisa de gringo, mas o certo é correr de tênis também sobre as areias das praias. Entretanto o calçado pode ser bem mais leve que o habitual. Mais leve também deve ser o ritmo, já que o cuidado deve ser redobrado. A principal vantagem de correr nesse tipo de piso é o fortalecimento muscular. No entanto, embora o tênis possa ser mais leve, não quer dizer que não deva ter amortecimento....


Terra batida: percurso geralmente irregular e por isso exige também atenção do atleta. Essa variação do solo aumenta o trabalho cardíaco do corredor e por isso é bastante recomendada para quem quer melhorar o condicionamento. Além de evitar a mesmice. Aqui vale a dica do asfalto.


Gramado: diminui os impactos das pisadas, mas desníveis e buracos podem aumentar as chances do atleta se lesionar. Por isso, fique atento. Mesmo assim, o terreno é ótimo pra quem está se recuperando de uma lesão ou ainda quer quebrar a rotina. Nesse tipo de solo, o ideal seria um tênis mais leve, até pelo percurso ser mais tranquilo. No entanto eu vou dar uma dica que escutei ainda ontem na academia da minh professora. Para quem escolher esses terrenos, procure fortalecer bastante a lombar, os glúteos....Isso porque é normal nossos pés darem aquela viradinhaao pisar em alguma coisa irregular.Muitas vezes, essa viradinha depé ocasiona uma torção, uma lesão....e fortalecer essas regiões faz com que ao dar essa viradinha, ospésvoltem mais rápido ao lugar e o quadril também não fica tão solto....evitando as cruéis lesões;

Pista: indicado pra quem quer melhorar velocidade, mas quem treina muito em pista deve inverter o sentido pra não forçar mais a perna que fica do lado de dentro do trajeto. Os tênis sgeralmente são bem leves, porque o que se visa mesmo é o resultado.

Esteira: boa alternativa para treinar em dias muito frios ou chuvosos, a esteira tem maior poder de absorver os impactos que o solo, por isso os riscos são menores, mesmo assim, é bom não dispensar um bom calçado. Aqui dá pra escolher com tranquilidade. Tantopode usar um t~enis leve, caso não treine todos os dias muito tempo, como um mais pesado, com mais amortecimento, mais estabilidade...aliás, eu prefiro.

Bom...eu optei por correr a prova de sábado com o meu tênis Nimbus 11. Tido bem, eu até queria brigar nem que seja um pouquinho por resultado, mas prefiro arriscar ficar fora do pódio a correr com um tênis sem amortecimento. É dar sopa pra MÁ SORTE e dar brecha pro Urubú vim pra cima.... A prova é dura, exige muito dos joelhos, então....vou de Nimbus...rs...Se Harry Potter foi, por que eu não posso ir? rs....Ah.. pelo menos uma coisa me deixou calma...a previsão do tempo falou em umidade ar 95%... Ufa.....


E quanto a vocês, torçam por mim....do jeito que eu chegar....tô feliz!