MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL: MANTER O RITMO....
Esse é um assunto que eu gosto muito de voltar a falar, porque muita gente me pergunta qual o segredo de fazer uma boa prova. Na verdade, não me considero uma pessoa ideal para falar de sucesso em prova, mas acho que com 15 anos de corrida nas costas, já dá pra falar o que funciona e o que não funciona né? A dúvida é sempre a mesma e parece que não tem fim mesmo...."Devemos sair como loucos e se quebrar, quebrou; Devemos sair devagar e aumentar o ritmo durante a prova; ou simplesmente devemos largar e chegar exatamente no mesmo ritmo?" É, amigos, muitos de vocês, com certeza já sabem a resposta, até porque conseguiram se adequar a um modo de corrida confortável, dentro de seus limites, mas também, com toda certeza, muitos de vocês, ainda penam e se lamentam dias a fio sobre aquele prova em que não teve perna pra chegar...
Eu mesma custei muito a aprender. Adoro testar médotos e técnicas que façam melhorar a corrida. Claro que muitas delas não funcionam, assim como tantas outras deram uma ajudinha sim no rendimento.
Na minha opinião uma das tarefas mais difíceis é administrar a corrida desde a largada, passando pelo meio da prova até chagar ao final. E é bem difícil porque quando ouvimos aquele fuóóó, um espírito queniano nos toma o corpo e já no km 3 nos abandona às traças dizendo o tempo todo no nosso ouvido: " Vai ô palhaço, volta ao corpo de mero mortal e sofre nos p´roximos 7 quilômetros". Quem nunca saiu que nem doido e lá pela altura do k7/8 não estava esbafforido por conta de não saber adminitrar a prova, está mentindo, me desculpe. Isso faz parte da vida de qualquer corredor.
Logo quando comecei a correr, saia tranquilamente. Via um mar d egente passando por mim, mas deixava, achando que lá na frente todo o mar, viraria marola ( Presidente Lula adoraria ler isso...rs) e eu os passaria rumo à consagração. Vi que isso não funcionou, mas custei a mudar a tática. O que me fez mudar mesmo foi o já conhecido de muitos de vocês aqui...rs...um velhinho de 75 anos que consegui passar somente no k9, que ao passar por ele, eu disse: "Quando eu crescer quero ser como o senhor". E ele: "75 primaveras!"...A partir daquele dia, não desmerecendo o velhinho, muito pelo contrário, comecei a mudar a tática. Saía tranquilamente, mas a partir do k6 aumentava o ritmo consideravelmente. No começo achei que isso funcionava sim e confesso que usei essa tática há pelo menos uns 10 anos. No entanto eu via que mesmo aumentando o ritmo não conseguia alcançar quem eu realmente queria...Tá certo, acabava ultrapssando muita gente que tinha passado por mim voada, mas as meninas de minha categoria...não...elas conseguiam chegar na minha frente ainda 1km...Isso não estava certo! Não mesmo!
Então, depois que tive o João, na ânsia de voltar à forma física e de principalmente mostrar que eu podia brigar pelo pódio de novo, tracei outra meta: condiconamento físico...Então comecei a usar alguimas provas como experiência...Saía forte e tentava aguentar naquele ritmo até onde eu conseguisse...Tá certo que o tal ácido láctico sempre atrapalhava um pouquinho no começo, mas....era o que tinha....Nas primeiras provas que tentei fazer essa experiência, conseguia chegar até o k5 bem..virando pra 26...Todavia, dali em diante era um arrasta arrasta de dar dó e conclusão...minhas adversárias se estavam na frente continuavam e se estavam atrás me alcançavam...Comecei a trabalhar muito o condiconamento na praia. Sempre corri na areia, mas sempre tranquilamente. Havia chegado o momento de treinar forte na praia. Então, desde o final do ano passado comecei a aumentar o ritmo na areia. Conclusão no dia da prova, largava como louca e tentava segurar até o final. Houve uma grande melhora, passei a chegar até o 8k..mas ainda faltava 2k...e os 2 últimos sempre definem muita coisa. Não dá para sofrer e colocar tudo a perder faltando menos de 10 min para a chegada.
Então, depois que tive o João, na ânsia de voltar à forma física e de principalmente mostrar que eu podia brigar pelo pódio de novo, tracei outra meta: condiconamento físico...Então comecei a usar alguimas provas como experiência...Saía forte e tentava aguentar naquele ritmo até onde eu conseguisse...Tá certo que o tal ácido láctico sempre atrapalhava um pouquinho no começo, mas....era o que tinha....Nas primeiras provas que tentei fazer essa experiência, conseguia chegar até o k5 bem..virando pra 26...Todavia, dali em diante era um arrasta arrasta de dar dó e conclusão...minhas adversárias se estavam na frente continuavam e se estavam atrás me alcançavam...Comecei a trabalhar muito o condiconamento na praia. Sempre corri na areia, mas sempre tranquilamente. Havia chegado o momento de treinar forte na praia. Então, desde o final do ano passado comecei a aumentar o ritmo na areia. Conclusão no dia da prova, largava como louca e tentava segurar até o final. Houve uma grande melhora, passei a chegar até o 8k..mas ainda faltava 2k...e os 2 últimos sempre definem muita coisa. Não dá para sofrer e colocar tudo a perder faltando menos de 10 min para a chegada.
A partir da última etapa do Circuito em fevereiro, vi que realmente estava dando certo. Larguei forte e consegui segurar até o k9...onde acabei perdendo a 1a posição por achar que menina não era da minha categoria. No entanto, coninuei trabalhando isso e agora chegando a 2a etapa e as demais provas mlehorei muito.
Hoje foi uma prova disso. Fui correr na praia. Passou por mim um menino voado. Eu tinha acabado d episar na areia, mas já estava num ritmo forte. O dele tava alucinante. O vento estava nas costas. Acelerei, em ritmo de prova, e não demorou muito para emparelharmos. No entanto ele ainda acelerou. Quando o vento mudou de direção na volta, ainda estava ao lado do tal menino, mas, não deu para ele. Era nítido o cansaso que ele estava. E quanto a mim...nada acontecia.. estava no mesmo ritmo que comecei. Nada a mais e nada a menos..simplesmente igual...forte...e volto a dizer...m ritmo de prova. Conclusão, ele diminuiu, eu segui e diminuí meu tempo naquele percurso em 38 seg. O que eu quero dizer é que é muito difícil manter o ritmo, seja pelo afobamento da largada e empolgação, seja pelas condições de tempo, seja pela falta de preparo físico...seja pelo o que for. Mas é bem importante saber manter...e se der acelerar mais e mais até o fim. No entanto é como eu disse.. demorei muitos anos até chegar nessa adequação de corpo e ritmo. Não quero dizer aqui que todo mundo tenha que sair dispirocado correndo em um ritmo alucinante até cair duro. Nada disso. Tem que treinar...tem que observar o que o corpo sente...tem que se observar, tem que observar os atletas correndo, o ritmo que eles estão correndo. Comparar voc~e e outro atleta é bom sim...Quantas e quantas vezes eu me mato atrás de um cara, mesmo sabendo que ele é superior...só estou testando..querendo ver até onde meu corpo aguenta e quando sinto que já deu, piso no freio e saio feliz.
No dia 26 vou ter a prova de que o esforço e a tática chamada por mim de kami-kase...rs...vai funcionar melhor do que na última vez...vamos ver...
Nós corredores teremos vida longa..então..temos muito tempo para adequar e conseguir manter o ritmo!!!!! , pois o mais importante é correr...
5 comentários:
Oi Luciane
Quando posso, acompanho seu blog e se voce permite, gostaria de fazer um comentário. Treinar da forma como voce treina tem que ter muita raça e intuição. Para mim o que determina um otimo desempenho numa corrida (percurso plano) é treino de qualidade: treino tiro / fart leg (condição:20 a 30% mais forte que ritmo de competição eintervalo pequeno de descanso; resultado: largada forte até o Km 3 ou 4 e o sprint final do Km 8 ao 10) e treino de ritmo (condição:6 Km a 10% mais fraco que o ritmo de competição para alguns dias e 6Km a ritmo de competição para outros dias; resultado: manter ritmo entre o Km 3 ou 4 até o 8). Ambos os treinos em pista com metragem correta. Supondo que va fazer ritmo de 4:00 por km numa pista de 400mts, tem que passar pela largada a cada 1min.e 36 segundos todas as voltas até completar os 6Km. Eu sigo este treinamento passado pelo treinador. A intenção não foi atrapalhar mas sim somar.
Boa sorte e um abraço
Henrique Shitsuka - Atleta equipe Play Team
desculp
Oi Luciane
Caso queira trocar informações sobre treinamento meu email é henrique.shitsuka@bcb.gov.br. Por sinal, a grande corrida do 1º semestre/2009 sera os 10K Tribuna FM em Santos. Sairei da elite B.
Desculpe novamente a intromição em seu treinamento.
Um abraço
Henrique
Olá Lucianie.
Uma boa prova advém de um bom treino, sem ele não há milagres.
A confiança caminha lado a lado com a evolução e o risco está na decisão que tomamos antes de cada competição.
A experiência adquirida sobre os segredos de como se deve correr é fundamental, ajuda-nos a conseguir bons e melhores resultados e aprendemos também a fazer a leitura, em cada momento, sobre a condição dos nossos adversários.
Você está interpretando muito bem a corrida, prossiga assim que é esse o caminho.
Abraço.
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O segredo de fazer uma boa prova é simples amiga, basta TREINAR é daí que vai dar uma boa base para o corredor competir, por isso que eu falo temos que treinar em diversos lugares e climas para podermos adaptar o nosso corpo.
Bons treinos,
Jorge Cerqueira
www.jmaratona.blogspot.com
Afe menina, essa história de ritmo é de deixar a gente doida. Comecei a treinar com orientação exatamente por causa do tal ritmo. Meu grende desafio agora é desenvolver os treinos no ritmo proposto na planilha, afinal só assim para não ter surpresas nas competições. Mas confesso que ainda me dá uma aflição, principalmente nos treinos contínuos, para a cada Km manter o tal do ritmo. Acaba que alguns Km acabam destoando, mas é a falta de experiência (e de paciência), mas como você mesma disse, nós corredores teremos vida longa. Bom que terei muito tempo para conseguir acertar meu ritmo!!!
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