sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

PARA NÓS...BARATO NÃO É O MARIDO DA BARATA


Certeza absoluta. Muitos por aí acham que a gente mente a respeito disso. O fato é que existe uma sensação de que todos os corredores já ouviram falar e que muitos deles já experimentaram. Alguns a descrevem como um sentimento de euforia que surge durante ou logo após o esforço físico. Outros falam de um bem-estar prolongado que aparece após um treinamento e pode durar um dia inteiro.

Eu vou ser bem sincera. Não foram muitas as vezes em que sentí essa sensação M A R A V I L H O S A  não. Aliás, foram pocas, mas com a certeza absoliuta de que se tratava do tal  "baratinho" mesmo. Hoje fui correr. Estava há alguns dias sem correr com o relógio com a idéia de treinar relaxada mesmo. No entanto, hoje coloquei o rel[ogio no pulso. O clima estav bem convidativo...sem aquele mormaço de costume. Era hoje. Na altura do km 5, avistei uma guriazinha lá na frente, bem pequenininha...Fui chegando num ritmo forte, mas ainda suportável e traqnuilo. Cheguei. Emparelhamos. Sabe se la por que a guria dispirocou a correr, no entuito de não me deixar passar nem a pau.

Na boa, não que isso tenha me irritado, mas me incomodou na medida em que eu estava companhando a guria desde lá d ebaixo na minha frente suuper calminha, tanto que a consegui alcançar nem muito esforço. E de repente a guria simplesmente trava um duelo e pronto. Ah, deu deu outra....Eu paertei, ela apertou, só que eu sabia que eu conseguiria chegar até o fim da coisa, atéporque se não sabe brincar, não brinca. Não vem fazer o que muitos fazem comigo de sair correndo, fazr questão de passar por mim feito um raio, daí eu compro o desafo e menos de 1km depois, o cara pára....ah, dá licença...vai procurar o que fazer!

Conclusão, fiz os 11km de treino em 51 minutos. A guria ficou lá no km 9 mais ou menos. Dei uma chuveirada, e sentí aquela euforia. Não pelo desafio em sí, mas aquela sensação mesmo que invade e te deixa ligada...é estranho demais....mas muuuuuuuuuuito bom....

Quase quatro décadas atrás, quando essa sensação começou a ser estudada, pesquisadores americanos a batizaram de "runner’s high", expressão que pode ser traduzida como "o barato do corredor". A razão disso sempre foi um mistério. Uma hipótese era a de que o responsável pelo barato do corredor fosse a endorfina, neurotransmissor produzido no cérebro e liberado para a corrente sanguínea em momentos de stress. Em exames feitos após a malhação, verificou-se que os níveis dessa substância no sangue duplicam. Seria natural imaginar que a endorfina também modificasse o humor do corredor. Contudo, como existe uma barreira física que impede o retorno da substância ao sistema nervoso central, a teoria passou anos sem comprovação. Muitos pesquisadores até acreditavam que o barato da corrida fosse simplesmente uma ilusão. Sabe-se agora que é real.

Estudo realizado por uma equipe conjunta da Universidade de Bonn e da Universidade Técnica de Munique comprovou pela primeira vez que a atividade física também provoca aumento da quantidade de endorfina dentro do cérebro. Os exames de tomografia foram feitos em dez atletas, antes e depois de realizarem corridas com duas horas de duração. As imagens revelaram que parte das endorfinas produzidas pelo cérebro permanece por ali, agindo no sistema límbico e no lobo pré-frontal, áreas responsáveis pelo prazer e pelas emoções. "Ao atuar nessas regiões, a endorfina promove uma sensação parecida com a de ouvir uma música empolgante ou se apaixonar", disse a VEJA o médico alemão Henning Boecker, coordenador do estudo e ele próprio um corredor.

O próximo passo será tentar repetir o estudo e comprovar a existência de outra substância, a anandamida. Enquanto a endorfina seria responsável pelo sentimento de euforia, a anandamida relaxaria o atleta, produzindo um efeito mais longo, capaz de durar várias horas. "O estudo alemão confirmou uma antiga hipótese, mas ainda é preciso estudar as outras, que também precisam de comprovação", diz a especialista em psicobiologia Hanna Karen, que estuda as mudanças de humor em atletas na Universidade Federal de São Paulo.



Apesar de os corredores levarem a fama, o barato é comum entre aqueles que praticam atividades aeróbicas de baixa intensidade por períodos superiores a meia hora. Nadadores, triatletas e ciclistas relatam sensações parecidas. "Sinto a euforia assim que subo na bicicleta e o vento bate no meu rosto", diz a triatleta Aglaé Menezes, de Brasília. Campeã brasileira de triatlo de longa distância no ano passado, em Vitória, ela criou até uma forma de aproveitar essa sensação após os treinos da manhã. Ao chegar em casa, Aglaé coloca roupas confortáveis e se deita na cama. "Fico curtindo ali por uns vinte minutos. Às vezes até durmo um pouquinho", diz ela, que treina seis dias por semana. O maratonista paulistano Adriano Bastos também é consciente do barato do corredor. "Correr por muito tempo causa uma felicidade incrível", diz o atleta, que em janeiro conquistou pela quinta vez a Maratona da Disney, nos Estados Unidos. "Depois de uma prova ou um treino, é como se eu tivesse devorado um enorme prato de feijoada com cerveja. Fico relaxado pelo resto do dia."

A descoberta de que o cérebro dos corredores e atletas funcionava de maneira diferente do de um sedentário ocorreu de forma quase acidental durante a realização, em uma universidade americana, de um estudo sobre o impacto da privação de exercício no sono. O primeiro indício de algo inesperado foi a dificuldade encontrada por Frederick Baekeland, o cientista responsável pelo trabalho, em recrutar voluntários. A idéia inicial era pedir a pessoas que se exercitavam de cinco a seis vezes por semana que ficassem de molho por um mês. Mesmo oferecendo dinheiro, foi impossível completar o número mínimo de cobaias exigido pelo rigor científico. Baekeland, então, afrouxou a exigência e convocou pessoas que corriam de três a quatro vezes por semana. Privados das corridas por um mês, os voluntários relataram ansiedade, problemas sexuais e interrupções no sono.

O quadro encontrado descrevia uma síndrome de abstinência, semelhante à experimentada por viciados em drogas. O assunto, a partir desse momento, passou a preocupar muitos médicos. Em outros trabalhos, atletas diziam que deixavam de comparecer a eventos familiares e outros compromissos para ir aos treinos. Uma pesquisa de 1992 mostrou que 72% dos atletas afirmavam se sentir tensos, irritados ou deprimidos quando havia interrupção dos treinos. "O barato do esporte é um efeito muito positivo e agradável, que estimula sua prática", diz Hanna Karen. "O único problema é saber dosá-lo para não se tornar um dependente."

Na boa, eu me enquadro aqui...totalmente viciada, e em abstinência, muito mal humorada. Eu fico insuportável. Quando fui obrigada a pararpor conta da lesão, fiquei num estado que eu mesma não me aguentava. Dava raiva de ver gente correndo e eu ali....Um horror. Coisa de dorgado mesmo...Acho qwue já deveriam pensar em criar clínicas especializadas nessa nossa doideira quando ficamos sem correr...Pw, aqui em Santos as clínicas bombariam...rs...Mas por favor, sem revisteiro com Runner´s, Contrarelogio, O2... e muito menos Tv plasma passando Vamos Correr...rs...salvo se quiserem presenciar suicídio em massa...kkkkkkkkkkkkkkkkk....


FONTE: Revista Veja

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