quinta-feira, 9 de junho de 2011

SÓ PRA SABER....

É tão bom quando a gente participa de uma prova em que temos a sensação de que corremos exatamente aquilo que era pra correr. Já participei de provas em que havia 800 metros a menos no percuros de 10km o que atrapalha e muito, principalmente se estamos de olho no  relógio.

É por isso que eu digo: organizar uma prova nãoé tarefa das mais fáceis não. Tem que ter responsabilidade e respeito com os atletas. Essa parte da medição depercurso é uma delas...requer cuidados e não é simples como possa parecer.

Antes de proceder a medição do percurso aonde será  a Prova, a Empresa Organizadora deverá obter a sua liberação pelas autoridades de trânsito local, em documento por escrito, incluindo detalhes de faixas de trânsito, curvas, cruzamentos, etc.. visando facilitar o trabalho de medição, básico para a realização da prova e a homologação de seu resultado pela CBAt.

Tem muito organizador por aí que nem comunica nada a CBat, como por exemplo um senhor aqui de Santos, cujo o nome nem preciso dizer que 5 minutos antes da largada, estava mudando o percurso por não ter obtido altorização de fechar determinada avenida. Esse aí, felizmente, já foi banido das corridas e graças a Deus, nenhuma Prefeitura autoriza o mesmo a fazer qualquer outro evento dessa natureza.

Deverá nesta fase ser montado um mapa esquemático do percurso, contendo todos os detalhes de interesse da Prova, visando estabelecer áreas de largada e chegada, pontos de retorno, balizamentos, bloqueios parciais e totais etc.


A avaliação preliminar da distância feita com odometro de carro ou motocicleta conduz a um erro de 5 a 10 % no seu total, porem servirá como informação preliminar ao medidor credenciado que no seu trabalho confirmará as distâncias intermediárias e a marcação dos km além da definição e ajustes da distância total, para tanto é necessário se prever áreas extras para ajustes da distância total.

Após a fase de preparação e com bastante antecedência a Empresa Organizadora deverá solicitar junto a CBAt ou através da Federação local a presença de um medidor credenciado para oficializar a distância da Prova e preparar os documentos necessários ao seu reconhecimento pela CBAt.

A fase de contratação da medição envolve o acerto da remuneração indicado pela CBAT (vide tabela de honorários com a CBAt) e os arranjos de viagem e hospedagem .a serem acertados diretamente com o medidor indicado dentro de sua disponibilidade profissional. Aqui a gente começa a ententer (????) porque aluns organizadores (???) acabam não dando importancia a essa medição...envolve dinheiro né??? Quanto maior o lucro melhor...e que se lasque, nós corredores, que treinamos duramente achando que estamos correndo uma prova séria..

O percurso será então medido pelo método da bicicleta calibrada utilizando o aparelho Jones Oerth Counter fixado na roda dianteira da bicicleta tipo Caloi 10 (conforme figura abaixo)




O medidor seguirá rigidamente os procedimentos oficializados pela CBAt por orientação da IAAF / AIMS.

Todas as informações da fase inicial deverão ser repassadas ao medidor para que ele possa analisar e decidir a melhor maneira de medir o percurso, para tanto ele necessitará de proteção policial de trânsito em todas as fases de seu trabalho, o qual envolverá :

= vistoria do percurso escolhido pela organização da Prova,avaliações preliminares do mesmo




= layout de uma distância padrão (sugerida mínima de 300m) com fita de aço calibrada (Lufkin ou Stanley de 30m) para calibragem dos aparelhos em lugar pouco movimentado

= cálculos e efetivação da medição, marcação dos km com tinta de demarcação asfáltica, locação da largada e chegada com pino de aço

= Mapa do Percurso contendo identificação de todos os pontos relevantes da medição, incluindo pontos de retorno, lista e descrição dos km, largada e checada, etc..( anexo exemplo de mapa de percurso)


= preenchimento em formulário próprio da descriçãoo do tipo de percurso segundo classificação da IAAF / AIMS ( tipo em loop, ponto a ponto, ida e volta, etc.), conceito de drop e separation (desnível e separação entre largada e chegada), estes aspectos são exigidos para as provas nacionais e internacionais, etc...

= perfil plano altimétrico do percurso, referido a cada km além da largada e chegada (exemplo contido na figura anexa)

= emissão preliminar do certificado da CBAT.


Meu é coisa pra carambaaaaaaaa!!!!!!!!

Para provas nacionais e internacionais toda esta documentação deverá ser encaminhada à CBAT para revisão e certificação (análise por um medidor certificador ou de nível A) visando a obtenção do certificado definitivo da IAAF ou IAAF / AIMS.

Sempre que possível ou recomendável o medidor deverá repetir uma segunda pedalada pelo circuito todo, certificando o seu trabalho em termos de distância total, isto também poderá ser obtido “convidando-se” um segundo ciclista para acompanhar sua trajetória e comparar os resultados obtidos (que deverão concordar em 0,08% na distância total).


Este procedimento de certificação do percurso por um segundo medidor é exigido em provas internacionais ou quando da solicitação de oficialização de melhores resultados nas distâncias oficiais, para efeito de ranking da CBAt / IAAF



Estes e outros pontos serão esclarecidos quando da consulta inicial e solicitação de reconhecimento da Prova pela Empresa Organizadora à CBAt.


Exemplo de mapa contendo detalhes e perfíl plano altimétrico:



Antes da medição propriamente dita, o medidor irá definir um percurso com fita de aço calibrada de aprox 300/400 m em linha reta e local pouco movimentado aonde irá calibrar o aparelho credenciado para a medição (Jones Oerth Counter), antes e depois da medição, esta operação é necessária para a complementação dos cálculos a serem apresentados no relatório final da medição.

Este local para aferição do aparelho de medição, deverá ser sugerido pela organização da prova não muito distante das áreas de largada e chegada, evitando-se transportes da bicicleta depois da aferição.




Durante a medição o medidor irá pedalar sempre pelo caminho mais curto (SPR) para a obtenção da distância final. Isto envolverá tomar as trajetórias em linha reta entre os pontos de tangencia das curvas, pedalando muitas vezes em diagonal nas ruas para obter esta trajetória mais curta, sempre protegido por um mínimo de duas viaturas policiais de trânsito sendo uma motocicleta por sua maior mobilidade.

A hora ideal para efetuar a medição, a ser combinada com o medidor, deverá ser pela manhã bem cedo, com luz suficiente e pouco tráfego nas ruas.

Não deverá haver pressa no trabalho e a velocidade máxima da bicicleta não deverá ultrapassar 16 km / hora, por segurança e durabilidade do aparelho de medição (frágil.

É tudo tão bem pensado né gente? Aliás, isso me remete a uma dasminhas primieras provas há mais de 10 anos atrás em que eu participei em Bertioga. Lá, tocava a gente saia correndo e 5 minutos depois já não tinha ninguém na nsa frente, ao nosso lado...em canto nenhum. Corríamos por entre os carros e ônibus, disputando umlugarzinho no meio fio. Quando cheguei em determiando ponto, lembro bem, aliás, impossível esquecer, entrei no Corpo de Bombeiros para me informar sobre pra onde eu deveria seguir...eu estava perdida...eu e quase a prova toda...O 3º colocado havia corrido 1,5km a mais que os outros por ter entrado em rua diferente...rs...um quebra pau total....Se a coisa fosse séria....

Exemplo de mapa de percurso, com desenho dos detalhes e locação de largada e chegada e indicação em texto de restrições do percurso:



É...por isso que eu falo...meu sonho é realizar um dia uma prova bacana, mas quando a gente começa a se aprofundar em algumas coisinhas...prefere continuar(pelo menos por enquanto) do lado de cá do asfalto...



FONTE: CORRIDA DE RUA




Um comentário:

Ingrid disse...

Esse assunto dá o que falar...
Aqui em Porto Alegre, na última Maratona Internacional, a Rústica que acompanha a prova principal teve cerca de 12k... tu acredita???
Nossa, foi um bafafá daqueles....
Bjão... Ingrid