quarta-feira, 30 de abril de 2008


BURSITES EM CORREDORES.. SAIBA COMO PREVINIR


As bursas, ou bolsas sinoviais, podem ser definidas como cápsulas protetoras preenchidas com líquido sinovial e estão presentes em áreas de maior atrito do corpo, entre tendões, ossos e músculos.
A bursite se dá quando ocorre uma inflamação dessas bursas e são várias as causas que podem provocar esse processo inflamatório, tais como: traumas diretos, lesões por overuse, ou seja, esforços repetitivos como nos esportes, infecções, doenças reumaticas entre outras.
Em atletas praticantes de corrida, as lesões acometem com grande freqüência os membros inferiores, tanto os quadris como joelhos e pés. Essas lesões podem ocorrer por diversos motivos e poderiam ser evitadas com algumas atitudes preventivas e orientações feitas aos atletas que estão iniciando a vida esportiva. desequilíbrios musculares e a falta de alongamento e aquecimento pré-atividade são fatores que podem levar o atleta a apresentar lesões, além de fatores extrínsecos como calçados inadequados.

Algumas das lesões muito freqüentes em corredores são:

- Bursite Trocantérica: Apresenta-se por uma dor na região lateral do quadril e pode ser causada por um desequilíbrio entre os músculos do quadril, região quem que músculos importantes na estabilização dessa articulação, como o glúteo médio, encontram-se enfraquecidos e o encurtamento dos músculos, como os isquiotibiais, banda iliotibial (região lateral) e adutores, também podem influenciar na sobrecarga que a região do quadril.

- Bursites Pré e Infra-patelares: Localizadas na região anterior do joelho, são comuns em diversos esportes alem da corrida. Além da dor local, também pode haver queixa durante o movimento de flexão e extensão extrema com resistência do joelho.

- Bursite do Calcâneo: Caracterizada por dor na região posterior do calcanhar, pode ser secundária ao esporão calcâneo e a tendinite de Aquiles e manifesta-se não só durante a corrida, mas também durante caminhas mais longas.
O tratamento das bursites pode ser dividido em duas fases:

- Fase Aguda: Nessa fase o objetivo é controlar a dor e a inflamação e, além dos medicamentos indicados pelo médico, a fisioterapia poderá ser útil com aparelhos e meios físicos proporcionem analgesia e conforto ao paciente. O repouso da atividade física nessa fase e importante.

- Fase Crônica: Nessa fase a reabilização é voltada para o reequilíbrio muscular com o intuito de evitar recidivas. São muito comuns em atletas lesões crônicas por falta de tratamento adequado e a dor é combatida com medicamentos, mas o problema não é tratado de maneira completa e retorna conforme os atletas retornam as atividades.
Grande parte dessas lesões podem ser evitadas se o atleta realizar o trabalho preventivo com aquecimento pré-atividade, alongamentos, fortalecimento dos músculos da perna como glúteos, quadríceps, adutores, isquiotibiais e panturrilha, Além de orientação do treinamento feita por um profissional capacitado.

Matéria retirada da revista o2

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