segunda-feira, 30 de novembro de 2009






SÍNDROME DO PERIFORME...VOCÊ SABE O QUE É?




Ok...Fiquei de repousinho como uma boa menina no Sábado e no Domingo. Sim, fui bem boazinha, passei biofenac, não dei uma corridinha nem da sala até a cozinha para ver se tudo voltava ao normal. Aproveitei a folga nos treinos e pesquisei sobre essa dor glútea estrnha que eu estou sentindo... e achei...Ainda não sei se me preocupo ou não, já que hoje (seguinda-feira) voltei aos treinos, corri 15km num sol de 34ºC só para testar se eu sentiria ou não dor. Digamos que estou 60% bem.. e que tenho que tomar algumas cautelas ainda.


Pois bem, como eu disse, pesquisei sobre o assunto e cheguei na Síndrome Periforme.


Se você sente dor na região glútea (nádega), quadril, lombar, membro inferior e também formigamento ou dormência, que podem irradiar em direção à perna do lado acometido, dê uma lida nesta matéria

As lesões esportivas são comuns e específicas de acordo com a natureza do esporte. No caso da corrida, o toque repetido do pé no solo transfere as forças mecânicas dos membros inferiores até a coluna. E se algo não está harmônico neste "caminho das forças", as lesões podem aparecer com mais freqüência.

Quando falamos em lesões pensamos logo nas que são causadas pelo esporte ou atividade física praticada. Porém, existem lesões que são decorrentes de nossas atividades do dia-a-dia ou as que são provocadas pela junção de maus hábitos posturais mais o esporte.

É o caso da Síndrome do Piriforme, que é uma patologia que pode acontecer por associação de fatores presentes no nosso dia-a-dia e na prática esportiva.

O QUE É? A Síndrome do Piriforme é uma irritação do nervo ciático provocada pelo aumento da tensão ou espasmo do músculo piriforme.

O piriforme é um músculo pequeno e profundo, localizado na nádega, sob os glúteos e tem como função a rotação externa da coxa, que é quando o joelho "olha" para fora, além de auxiliar na abdução (abertura da coxa). Sua localização vai do sacro (porção final da coluna) até o fêmur (osso da coxa). O nervo ciático passa debaixo deste músculo, mas em algumas pessoas (10%) ele passa através dele, o que aumenta a predisposição para a síndrome. Se o músculo se tensionar pode haver compressão do nervo ciático o que causa dor, com irradiação para a perna.
Alguns estudos relatam predominância maior de casos em mulheres numa proporção de 6:1.

O QUE CAUSA? A causa mais comum é a tensão e encurtamento do músculo piriforme. Porém tensão e encurtamento da musculatura próxima a ele (coluna, nádega e quadril) também geram tensão neste músculo, predispondo à compressão do nervo ciático.

É comum em esportes que requerem corrida, mudança de direção ou descarga de peso excessiva. Os seguintes fatores podem também favorecer o aparecimento da síndrome: corrida em terrenos duros ou irregulares, subir escadas, atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados para o tipo de pisada ou gastos demais.

No caso de pronação excessiva, o membro inferior sofre uma rotação excessiva, o que sobrecarrega a tíbia, joelho, quadril e coluna. Por isso é importante a utilização de calçados adequados para o tipo de pisada.

Quem anda e principalmente corre com a ponta do pé muito aberta, para fora (tipo dez para as duas) tem mais chances de tensionar o piriforme, pois fica o tempo todo estimulando o músculo na sua função, que é rodar a coxa para fora juntamente com o pé quando o joelho está esticado.

O aumento rápido na intensidade ou duração dos treinos pode contribuir para o aparecimento da síndrome por sobrecarga do piriforme. Traumas diretos podem provocar edema na região do piriforme ou causar uma tensão e conseqüente compressão e irritação do nervo ciático.

Um desequilíbrio muscular entre os rotadores internos e externos do quadril, como no caso de rotadores externos mais fortes que os internos, contribuem para encurtar o piriforme, além de desequilíbrios da pelve. Os distúrbios na biomecânica dos membros inferiores e coluna, incluindo distúrbios na marcha, vícios (maus hábitos) e alterações posturais também podem causar a síndrome.

Manter a postura sentada por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa (como ao dirigir) diminui o aporte sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos à ele também) e provoca encurtamento.

Como esta é uma patologia causada por um aumento na tensão do músculo (ou espasmo), a falta de alongamento irá contribuir para que a musculatura envolvida se tensione ainda mais e piore os sintomas.

SINTOMAS: As queixas incluem dor que pode acontecer em alguns locais como: na região glútea (nádega), quadril, lombar, membro inferior e também formigamento ou dormência, que podem irradiar em direção à perna do lado acometido.

A dor pode ser reproduzida na rotação externa do quadril resistida, que é quando tentamos impedir o movimento de afastar os joelhos, ou seja, o joelho vai para fora e o pé para dentro, como ao cruzar uma perna sobre a outra. Ou quando se força o movimento contrário (rotação interna), isto é, quando forçamos o movimento de levar o joelho para dentro e o pé para fora.

Numa avaliação postural, o membro inferior acometido pode apresentar uma rotação externa maior que o não acometido (com o joelho esticado o pé roda para fora e sentado, o joelho "olha" para fora).

MEDIDAS A SEREM TOMADAS: Procurar um médico para que o diagnóstico seja estabelecido, descartando a possibilidade de outras patologias que têm sintomas parecidos com a Síndrome do Piriforme é a primeira atitude a ser tomada. Deve ser feito um exame físico detalhado para descartar a possibilidade de hérnia discal, problemas associados à compressão nervosa na região lombar (estreitamentos de forames), artroses ou patologias da região sacro-ilíaca.

Como é uma condição patológica que não se comprova em exames de imagem, o diagnóstico é estabelecido com base no exame físico e nos sintomas, o que pode acarretar em erro no diagnóstico e dificuldade no tratamento, ao se focar em coluna quando o problema está na região do quadril.

Depois de confirmado o diagnóstico, podem ser prescrito medicamentos para auxiliar no alívio da dor e relaxar a musculatura. Pode ser orientado repouso relativo (parar corrida ou qualquer outra atividade física por um tempo) ou apenas a redução no ritmo da corrida. Porém é importante a realização da fisioterapia, onde será orientado um programa de exercícios para equilibrar a musculatura, além de técnicas diversas para alívio dos sintomas, de acordo com cada quadro apresentado. Com isso, a prática esportiva acontecerá sem riscos de retorno dos sintomas.

TRATAMENTO: O tratamento tem como objetivos a redução da dor, melhora da flexibilidade e força e diminuição da tensão do músculo piriforme e dos músculos próximos à região, através de técnicas de massagem. Poderão ser utilizados aparelhos como ultra-som e TENS para o alívio da dor e formigamento/dormência e deve ser orientado um programa de alongamentos e fortalecimentos para que o retorno ao ritmo de corrida seja seguro e com boa performance.

A utilização de ultra-som e massagem são técnicas efetivas para remover metabólitos e tecido cicatricial (evita fibrose), além de acelerar a resolução da lesão.

A aplicação de gelo deverá ser feita para diminuir a dor, pois o gelo tem efeito analgésico e antiinflamatório. Pode ser feito da seguinte forma: coloque várias pedras de gelo num saco plástico e amarre. Coloque este saco dentro de um tecido fino e úmido e coloque na região glútea, mantendo por 20 minutos. Repetir 3 vezes por dia e não tomar banho logo após a aplicação, para não interromper o efeito do gelo.

Os exercícios devem ser iniciados assim que houver algum alívio da dor, de acordo com o quadro apresentado pelo paciente. Os alongamentos devem ser feitos no início de forma leve e os fortalecimentos devem ser introduzidos gradualmente.

Todos os músculos envolvidos, além do piriforme, devem ser alongados e fortalecidos para que funcionem em harmonia sem causar nenhum transtorno ao atleta no futuro. Porém, nesta matéria, deixaremos sugestões de alongamentos mais voltados ao piriforme (e músculos com a mesma função que a dele). É importante salientar que estes exercícios não devem ser utilizados como forma de tratamento, e sim apenas como auxiliares.

O retorno ao esporte deve ser um processo gradual. O tempo de retorno dependerá da extensão da lesão e do nível de atividade praticada.

É claro que não estou me auto-diagnosticando, mas que isso tá combinando certinho com o que estou sentindo...ah,...tá...De toda forma, essa semana, treinarei, mesclando treinos de rodagem e velocidade, mas sem muita euforia...o Biofenac tá resolvendo, mas também depende um pouco de mim nos treinos né?...


fonte: Revista Contra-Relógio


3 comentários:

Mayumi disse...

Ai, vamos com calma, né? Será que uso de salto alto tb não contribui para ficarmos com encurtamento dos mpusculos posteriores? Eu ouvi algo do gênero, do dr. Mizumoto: síndrome das baixinhas! Salto alto! Serááá??? Bem, eu já não uso mais! Fico baixinha mesmo! Kkkk.
Boa recuperação!

Anônimo disse...

Luciane,
Pelo amor de Deus, procure um médico (coisa que o próprio texto pesquisado por vc. recomenda). Vc. tem algum receio de ir ao médico? ele é um especialista, estudou e sabea melhor forma de tratar o problema. Não corra riscos desnecessários, Luciane. Vc. é informada, formada, sabe que o correto ao sentir essas dores é procurar o médico.

Marildo Nascimento disse...

Oi Lu tudo bem?
Espero que sim. Li seu post recente em meu blog e fiquei abismado com a sua força. Menina vc é realmente uma vencedora.Mas cuidado, não abusa da sorte hein... Olha estou torcendo muito pela sua recuperação e que vc esteja conosco no dia 13/12 em Guarujá para mais um dia de divertimento.
Um grande abraço do seu amigo