domingo, 30 de dezembro de 2007



MOLECADINHA FAZ BONITO NA 14a EDIÇÃO DA SÃO SILVESTRINHA....

“O importante é competir”. O famoso ditado popular ganhou vida na manhã deste sábado, no estádio Ícaro de Castro Mello, palco das disputas da São Silvestrinha, tradicional prova de atletismo que reúne centenas de crianças de 6 a 15 anos de idade, oriundas de diversas cidades e estados brasileiros.
Em sua 14ª edição, a corrida, contou com a participação de dois mil competidores, divididos em 20 categorias, masculinas e femininas.
As provas também foram acompanhadas por espectadores ilustres, como Fabiana Murer, campeã pan-americana e recordista sul-americana no salto com vara, os quenianos Robert Cheruiyot, bicampeão da São Silvestre (2002 e 2004) e Patrick Ivut, terceiro colocado em 2005, Maria Zeferina Baldaia, brasileira campeã em 2001 e José João da Silva, que também venceu duas vezes a tradicional prova de rua que encerra o ano para os paulistas, em 1980 e 1985.
A principal novidade da São Silvestrinha em 2007 foi a cronometragem eletrônica dos tempos dos atletas, feita através de um chip colocado no tornozelo de cada competidor. A colocação final dos corredores, no entanto, só teve valor em termos de competição para as categorias de 14 e 15 anos. Os demais concorrentes não subiram ao pódio para receber troféus, sendo igualmente premiados com medalhas, lanches e passaportes para o Playcenter.
A iniciativa, segundo os organizadores do evento, tem como objetivo diminuir o peso nas costas dos corredores mirins. “A São Silvestrinha é uma festa e tem como objetivo dar às crianças o primeiro contato com as pistas. Quisemos tirar o caráter competitivo e o peso da responsabilidade. Eles estão aqui para aprender e para se divertir”, avisou José Antônio Martins Fernandes, presidente da Federação Paulista de Atletismo e presente nas últimas quatro edições da São Silvestrinha.
“Pai” do evento e um dos organizadores da prova, Júlio Deodoro concordou em gênero, número e grau com o presidente da Federação Paulista de Atletismo. E acrescentou um dado importante: “É uma orientação da Federação Internacional de Atletismo não forçar crianças abaixo de 14 anos, por isso a São Silvestrinha destaca a importância de degustar a corrida sem sentir o peso da competição. Todos que completam a prova ganham prêmios e é essa valorização que é prezada”.
NÃO ERA PRA SER....
A 14ª edição da São Silvestrinha teve alguns eventos curiosos durante sua realização. Entre corridas e premiações, alguns competidores se destacaram pela ausência ou pelo choro.
Uma das favoritas na categoria dez anos feminina, Ana Carolina Campos Silva, que inclusive é patrocinada pela Unimed, não foi campeã. Sabe por quê? Ela ficou presa no elevador de seu hotel e acabou perdendo o horário para a sua prova. Junto com a menina do Mato Grosso estavam Breno Luan da Silva, 11 anos, Erick Silva, dez, e Caroline Rodrigues, com 14 anos, todos inscritos na São Silvestrinha, mas ausentes de suas respectivas provas.
“Ficamos presas no elevador. Teve até que entrar um bombeiro para tirar a gente de lá. Aí não dava mais tempo para levar a garotada para a São Silvestrinha”, declarou Iracema Souza, professora de educação física e integrante da prefeitura municipal de Nossa Senhora do Livramento (MT), cidade dos quatro atletas mirins.
Mesmo assim, a organização da São Silvestrinha não deixou Ana Carolina na mão. Junto com outros “atrasados”, ela pôde pelo menos ter a chance de correr no estádio Ícaro Castro Mello e receber uma medalha pela sua participação.
Queda – Não tão favorito, Paulo Roberto, de apenas oito anos, destacou-se pelo seu choro após cair durante sua prova. Com um machucado no cotovelo e outro no joelho, o menino foi amparado por seu pai, José Roberto, que também teve dificuldades para acalmá-lo. “O importante é que ele chegou até aqui e isso já é uma vitória. Ele é um herói”, disse.

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