quarta-feira, 19 de março de 2008

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* Definitivo. Recordista mundial da maratona, o etíope Haile Gebreselassie confirmou ao jornal espanhol El País de que não irá disputar nas Olimpíadas de Pequim a prova na qual é especialista e favorito ao título. O motivo são os altos índices de poluição na capital chinesa. Para ele, entrar nesta disputa será algo como cometer o “suicídio”.
É uma decisão puramente pessoal, que tomei por mim mesmo e por minha saúde. Não quero colocar meu futuro em perigo. Não quero me suicidar lá fazendo algo equivocado”, criticou o africano, que, no entanto, não abdicará por completo dos Jogos Olímpicos. “Quero voltar a ser campeão olímpico e, por isso, busquei uma saída, que será correr de novo os 10 mil metros, algo que fiz em Atlanta, Sidney e Atenas. Correr maratona naquelas condições é impossível”, acredita.


* No Torneio da FPA (Federação Paulista de Atletismo), disputado em São Paulo, nesse sábado, Bruno Lins, que venceu os 100m, ficou a apenas um centésimo de segundo do índice A para as Olimpíadas, marcando 10s22. Bruno já está classificado para a prova dos 200m no evento de agosto.
Com esta marca, Bruno deixou para trás Vicente Lenílson, que chegou em segundo com 10s26, e José Carlos Moreira, em terceiro, com o tempo de 10s27. Lenílson e Moreira, o Codó, estão classificados para os 100m em Pequim.
Já a prova dos 200m contou com a vitória do panamenho Alonso Reno, que fez 20s96. O brasileiro Sandro Viana terminou em segundo lugar, com o tempo de 21s28, e Basílio Moraes ficou em terceiro, com 21s78.


* O maratonista Marílson dos Santos, não acredita que os fatores climáticos da capital chinesa possam ser decisivos na disputa. “Não estou muito preocupado com isso, não. Até porque a gente treina perto de São Paulo (em São Caetano do Sul) e, se estiver ruim para mim, vai estar para todos”, falou o atual medalhista de prata na prova dos 10.000m nos Jogos Pan-americanos.
Entretanto, ele apóia a idéia proposta de mudar as provas de atletismo para outra cidade que tenha o ar menos prejudicado. “Deve se pensar no lado humano do atleta. Se for prejudicial para a saúde (correr em Pequim), tem que mudar o local, sim”, afirmou.
Quando perguntado sobre suas chances de subir ao pódio nas Olimpíadas, Marílson mostrou-se realista. “Me vejo como mais um que tem condições de conquistar alguma coisa no meio de tantos”, disse o atleta, que aposta na alta competitividade do evento. “Os meus adversários serão difíceis. Maratonistas novos e bons estão aparecendo”, concluiu.


* Atualmente principal nome da América do Sul nas provas de fundo, Marilson dos Santos confirmou que defenderá o Brasil no Campeonato Mundial de Cross Country. A disputa está programada para o dia 30 de março na cidade escocesa de Edimburgo.
Número 1 do ranking nacional da maratona (2min08s37) e qualificado para os Jogos Olímpicos de Pequim, Marilson venceu em fevereiro a Copa Brasil de Cross Country no Rio de Janeiro, e o Campeonato Sul-Americano da modalidade, no último dia 2, no Paraguai.
Entre outros destaques, a equipe brasileira terá, ainda, Cosme Ancelmo de Souza, também com índice olímpico na maratona, e seu irmão gêmeo, Damião. No feminino, estará a campeã brasileira de cross country Zenaide Vieira, também medalha de bronze nos 3.000 m com obstáculos nos Jogos Pan-Americanos de 2007.
Com a vitória também por equipes no Sul-Americano, o Brasil conquistou o direito de competir completo no Mundial em três categorias: 12 km masculino adulto, 8 km feminino adulto e 8 km masculino juvenil. No total, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) convocou 14 corredores. Os treinadores serão Adauto Domingues e Henrique Viana.

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