NO LIMITE....
Sempre que eu participo de uma porva de 10km, no dia seguinte dou aquela descansadinha. Tenho vários amigos que não param nem um diazinho sequer, mas mais adinate sentem as consequências do ato. No domingo, por exemplo, corri a Meia Maratona, então nos próximos 3 dias me dou ao luxo de descansar. Tá certo, hoje, bateu a vontade de correr, mas segurei a onda, até porque dia 14 de setmbro tenho o Campeonato santista (10km), dia 21 a Corrida das Torres (12km de subida e descida na montanha) e dia 27 (10km de Mongaguá)...ou seja durante 3 semanas seguidas, os treinos serão bem intensos. Na verdade não sou muito fã dessas competições uma atrás da outra, mas infelizmente o calendário coincidiu e daí....já viu...Por isso, nada mais propício do que falarmos um pouquinho sobre o nosso limite, que envolve falar de overtraining, fadiga...
Qual a linha divisória entre o treino pesado e o overtraining? Se você passar dos limites, saiba o que fazer para driblar a fadiga, a irritabilidade e a dificuldade para dormir....
É normal começar a correr com muita empolgação e, ao sentir os primeiros resultados positivos – como a melhora na performance e no condicionamento físico – aumentar gradativamente o tempo, a velocidade e a intensidade dos treinamentos, até chegar ao limite. Muitas vezes fazemos isso sem orientação profissional, certos de que teremos sucesso. Mas é bom tomar cuidado: o que pode parecer paixão pela nova pratica significa, em muitos casos, puro exagero.Esse “excesso de vontade” pode significar que você sofre com o overtraining, inimigo número 1 da qualidade no esporte. Ele aparece quando a atividade física extrapola os limites suportados pelo organismo, com a sobreposição da necessidade de repouso e de recuperação pelo alto índice de trabalho muscular e cardíaco.
Cansaço ou distúrbio grave?Como não existe um diagnóstico específico para identificar o overtraining, alguns métodos são indicados para que você possa perceber a existência do problema. “Quando um corredor começa a treinar exaustivamente e nem assim melhora seu tempo, há algo errado. Quanto mais ele se dedica, percebe que mais o rendimento cai”, explica André Pedrinelli, ortopedista, traumatologista e médico do esporte da USP, sobre o sintoma mais comum do overtraining. Ele conta que há outros sinais típicos que também podem ser observados, como a perda de peso, a dificuldade na recuperação da energia perdida durante a atividade física, além de irritabilidade e distúrbios do sono. “São todos sinais clínicos precoces que nos permitem identificar o distúrbio nos atletas”, afirma o especialista. Segundo André, também é possível realizar exames clínicos para fins de diagnóstico, mas não é possível estabelecer limites para análises laboratoriais: as taxas hormonais e metabólicas são totalmente variáveis de pessoa para pessoa, e qualquer avaliação deve ser feita caso a caso.
E como corrigir?“Ouvir” o corpo é essencial. Quando verificadas a queda no desempenho e na imunidade, além do surgimento de lesões por stress e a dificuldade de concentração, por exemplo, deve-se fazer uma pausa. “Não há um tempo estimado para este período de repouso. Ele vai variar de acordo com o rendimento individual e com o nível de cansaço psicológico e muscular de cada atleta”, lembra André Pedrinelli.A partir daí, será necessário reajustar os treinamentos e respeitar os limites do corpo, além de manter uma alimentação correta. Comer bem ajuda a trabalhar o gasto energético proporcionalmente à sua reposição, e também garante bem-estar e melhora no desempenho. A cautela, antes de tudo, é essencial para retomar as atividades e voltar a treinar sem medo.
Por isso mesmo eu ficando que nem siri na lata pra correr, seguro a onda sim...até porque todo ser humano corredor merece uns diazinhos de pernas para o ar.....!!!!
Amanhã, vamos responder a pergunta: Café e corrida combinam????
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