quinta-feira, 11 de setembro de 2008



CORRA ATRÁS DA MOTIVAÇÃO...


Eu sempre escrevo no meu blog alguma coisa que está acontecendo, ou que aocnteceu. Daí puxo uma linha e pesquiso uma matéria. Hoje mesmo, encontrei um amigo meu de longa data. Há tempo não nos víamos. Foi quando ele me perguntou: E aí, você ainda está correndo? Respondendo que sim, e que inclusive participaria d euma corrida no domingo, percebi em seu semblante uma pontinha de inveja...rs...Então ele me disse: Pw, casei, agora nem dá...volto do trabalho cansado...!" .
Nem preciso dizer que discursei por pelo menos 10 minutos sobre minha condição, explicando, que agora sou mãe e mesmo assim, com o tempo apertadíssimo, sempre arranjo um jeito d etreinar, mesmo que para isso, eu chegue ao final do dia com a sensação de que fui atropelada.
Na verdade eu sei que muita gente passa por isso...A falta de tempo, a vida corrida, a indiposição traz uma questão bem bacana pra gente falar aqui...Falta de motivação....
'A partir de agora vou correr para valer!' Quem nunca se pegou fazendo uma promessa do tipo, mesmo que seja falando baixinho, para ninguém ouvir? As semanas passam, os meses passam e nada muda? Um dia de treino fica para trás porque está muito quente, outro porque está muito frio, outro para sair com os colegas de trabalho... e a promessa permanece em segundo plano. Se você se identifica com esse perfil, saiba que não está sozinho. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, menos da metade das pessoas continua a perseguir objetivos propostos. Metas irrealistas. Falta de disciplina. Vários são os fatores que podem contribuir. E a verdade é que a promessa só vai deixar o papel se a corrida se tornar rotina. A maneira como o corredor vê a prática é determinante para seu sucesso na empreitada de não deixar para trás uma grande meta, ou mesmo impedir que ele pare a atividade. "A grande maioria desiste dos seus objetivos por falta de motivação e persistência. Muitas vezes seu foco com a corrida é meramente superficial, como, por exemplo, praticar visando apenas suor, charme e um corpo bonito. Isso pode até acontecer, mas chega um certo momento em que se torna sem valor, cansativo, pois não lhe oferece nada mais que isso, porque seu foco é superficial", alerta o treinador Maurílio Santana, da Santana Training Systems. O professor de psicologia do esporte e presidente do CEPPE (Consultoria, Estudo e Pesquisa da Psicologia do Esporte), João Ricardo Cozac, prefere falar em escala de prioridades. "Muitos não cumprem suas metas por falta de comprometimento e de valorização. Falta empenho em reconhecer a atividade física como importante", explica. Assim, outros fatores na vida da pessoa acabam tomando o lugar que seria do treino, como estar com a família, trabalhar, etc. Santana acrescenta. "A prática esportiva deve ser vista como um meio de terapia, como o momento que você se dedica a si, superando-se, divertindo-se e, naturalmente, sua saúde física e emocional sofrerá uma grande transformação." Transformação é o que o campeão mundial de ultratriathlon de 2005, Sérgio Cordeiro, vive diariamente. Afinal, com 25 anos de história no esporte, muitas maratonas, ultramaratonas e desafios no currículo - como percorrer 217km no deserto debaixo de um calor de 60ºC e enfrentar o frio de 40ºC negativos numa altitude de 6.150m na Maratona do Monte Everest -, buscar novas fontes de motivação é com ele mesmo. Para Cordeiro, a vitória é relativa. "Participei, em janeiro, da Brooks Brazil135, um circuito de ultramaratona de 135 milhas (217km), de Águas da Prata (SP) a Paraisópolis (MG), conhecido como o 'Caminho da Peregrinação'. Mais uma vez pude perceber que ao participar, mesmo não vencendo, ganhei cultura, experiência, novos amigos e encontrei tudo que a natureza podia me proporcionar como um verdadeiro peregrino", conta. É claro que a história acumulada de Cordeiro com a atividade o faz lidar melhor com a preguiça e o cansaço. Afinal, criou-se um hábito, mental e físico. Para tanto, foi necessário um longo caminho de disciplina, traçado diariamente. A falta de motivação pode não ser apenas uma questão de tempo. Enquanto a preguiça está aliada à falta de disposição mental, afeta o físico e resulta em morosidade e lentidão, o cansaço é meramente físico e normalmente é indício de alguma sobrecarga. "Quando o tal cansaço bate, é porque algo está errado", avisa Cordeiro. Então, o ideal é consultar um médico para verificar se há alguma alteração orgânica ou psíquica, tendo em vista que essa dificuldade para treinar pode significar até depressão. João Ricardo Cozac recomenda que o corredor visite um especialista no caso de se desmotivar facilmente. "Se a atividade não é um momento de prazer, pode significar que não é bem administrada. A apatia se torna uma espécie de autodefesa", explica. O corredor deve avaliar como vai sua alimentação e seu sono, ingredientes fundamentais para o bom funcionamento do corpo. E não perder o foco. "Quando planejamos uma meta a ser alcançada, devemos sempre levar em conta todos os fatores que fazem parte. Não devemos nos preocupar só com a qualidade do treinamento. Os fatores motivacionais são de extrema importância", acredita o atleta. Volta por cima Se não ter ânimo para treinar e, conseqüentemente, estagnar nos resultados - sejam físicos ou relacionados à performance - já é ruim, imagine, então, a frustração de uma lesão ou um resultado muito abaixo do esperado, mesmo depois de grande esforço. É aí que a sua preparação mental será mais testada. "O corredor deve pensar que esse período ruim vai servir para que ele se fortaleça ainda mais, superando os desafios e obstáculos que a vida coloca em seu caminho. Isso também faz parte do treinamento, o atleta deve saber superar-se nas situações mais difíceis e reconhecer que aquele é só um momento, o próximo será uma grande surpresa. É melhor sempre estar preparado para uma nova e boa oportunidade de crescimento, seja no esporte ou na vida", acredita Santana. Para o treinador, o principal é aceitar que períodos ruins são naturais e podem envolver problemas familiares e financeiros. "O corredor deve ter em mente que sua vida como atleta, seja iniciante, amador ou profissional, não vai depender daquele treinamento que foi ruim, ou aquele período em que está recuperando de uma lesão." A chave é perserverar, sempre e com muita paciência, acima de qualquer dificuldade. Para Cordeiro, este pode ser o momento de reavaliar a relação com o esporte. "Devemos repensar não só as estratégias, mas as formas pela qual procedemos. Entendermos que somos seres humanos passíveis de erros e acertos e que, quando não alcançamos, não é sinal de erro. Por mais que treinemos, fatores que não conseguimos controlar, como o equipamento ou o clima, podem fazer a diferença", opina. Para Cozac, a hora é propícia para trabalhar as vitórias, os bons momentos que o esporte trouxe, e não focar as derrotas. "Depois de uma lesão, principalmente, é comum ter certo desânimo, por isso procuramos resgatar tudo o que a pessoa fez para chegar até ali. Para não deixar a auto-estima cair, usamos técnicas imaginativas que mantém o reflexo de competição e treinamento", revela. Tais práticas incluem meditação, técnicas de respiração, entre outras, a fim de incentivar que o atleta permaceça focado em si. O profissional considera a promoção do autoconhecimento essencial para manter a motivação alta. Sérgio Cordeiro concorda. "Essa é uma grande fonte de energia. Você aprende a ouvir seu corpo, característica fundamental para o atleta de longa distância." Metas realistas Para não se perder no meio do caminho e, ao invés de correr mais, dar passos para trás na preparação, é imprescindível estabelecer metas - desde que elas sejam compatíveis com seu nível de condicionamento e disponibilidade para o esporte. O objetivo fará com que você crie o hábito e este o ajudará a afastar a preguiça. Para isso, é importante contar com a ajuda de um profissional, que avaliará algumas variáveis, como aptidão física, histórico esportivo, limitações, aspectos emocionais e condicionamento físico. Depois de tudo computado será mais fácil e certeira a prescrição de treinamentos. Além disso, tais dados servirão, no futuro, para comparar os resultados e ratificar - ou não - a meta inicial. Errar na dose logo no início de uma nova jornada pode trazer mais prejuízos do que parece. "De nada adianta prescrever um treino para um iniciante em corrida com volume e intensidade muito altos em um horário em que o sol está muito forte, por exemplo. A única coisa de que ele vai lembrar é do sofrimento que é correr. A configuração dos treinamentos vai depender das avaliações e resultados obtidos a cada treino, somente assim é que se deve prescrever a próxima atividade. Saber dosar volume de treino, intensidade, freqüência e descanso são fatores vitais para o bom andamento e melhora do seu condicionamento físico e manter-se motivado", indica Santana. O treinador recomenda que o corredor tenha planos variados. "Trace metas realistas a curto, médio e longo prazo. Com o passar do tempo, reveja-as, cheque se elas estão dentro da sua realidade. Converse com seu técnico e, juntos, definam essas metas. Sabendo onde queremos chegar tudo fica mais fácil, mas não pense no final, pense passo a passo como fazer e o que fazer para chegar lá da melhor maneira possível." Pensar passo a passo também entra nas recomendações de Sérgio Cordeiro, que destaca a importância dos treinamentos. "Ter um objetivo é uma forma de não perder o foco. O atleta precisa ter a sabedoria de que não é só o treinamento que faz um campeão. Uma das técnicas é ter sempre em mente que o treino é um simulado da competição, em que testamos tudo, temos que estar sempre atentos ao mundo ao nosso redor, clima, equipamentos que usamos (tênis, short, camisa, meia). Ele sim pode nos tirar de uma prova", acredita. Ciente das metas, a hora é de colocar os planos em prática. Para isso, uma boa dose de disciplina é a melhor pedida. "Costumo dizer para meus alunos que a palavra motivação é auto-explicativa. Não há motivação maior do que fazer o esporte, pois o retorno que você tem com essa prática é o grande fator motivacional", pondera Cozac. Cordeiro concorda. "Não existe motivação melhor do que correr, principalmente uma maratona, e completá-la. O primeiro passo positivo é vencer a si mesmo." Sendo assim, o jeito é colocar as mãos à obra. Em todo caso, o treinador Maurílio Santana elaborou dicas para quando a inevitável preguiça bater:


• Tenha metas: é preciso ter objetivos realistas e atingíveis, caso contrário você será um corredor frustrado;• Disciplina: é a chave para alcançar o sucesso, ainda mais na corrida;

• Mantenha o foco em cada treino: dê o máximo de si para cumprir os treinos propostos pelo seu treinador, mesmo que naquele dia seja dia de descanso. Aproveite e relaxe;

• Faça um diário: relate o que foi realizado em cada treino, distância, tempo, calorias, FC, temperatura, tipo de piso, tênis utilizado. Esse diário será um grande aliado nos treinos para comparar os resultados posteriormente e mostrar sua evolução;

• Visualize-se correndo: olhe como se estivesse de fora, dedicando-se aos treinos, cumprindo toda a planilha. Mentalmente, veja-se participando daquela corrida de que sempre teve vontade de participar;

• Reúna os amigos: treine com eles de vez em quando para variar;

• Presenteie-se: vale uma lembrança ou recompensa a cada meta alcançada;

• Compare: conte para os amigos sua nova marca de tempo nas corridas. Quem sabe pode até gerar uma disputa saudável entre vocês;

• Mude de ares: corra em lugares novos, com novos ambientes, nos quais você tenha oportunidade de conhecer pessoas e fazer amigos.


Eu mesma, às vezes sinto uma desmotivação. Nessa hora, vale tudo...Acrescento novas músicas no MP3, mudo o percurso do treino, compro roupas novas de corrida...tem dado certo....então....MOTIVE-SE....

Um comentário:

Anônimo disse...

Luciane e ai? Treinando muito?
Bem voltei quinta feira de Campos do Jordão onde fui passear com a família e hoje já peguei de novo no breu...rsrsrs
Bem adorei ver vc com o nosso uniforme...vc deveria usa-lo sempre...rsrsrs
Até domingo um grande abraço