domingo, 18 de maio de 2008

MUITA DISPUTA E ESPÍRITO ESPORTIVO BRINDARAM OS 10KM "A TRIBUNA FM"

Entre as mulheres, Fabiana, Anne, Márcia e outra queniana, Salina Jebet ditaram o ritmo desde o começo. No KM 4, Salina não conseguiu acompanhar as três. Depois, próximo ao KM 6, Márcia ficou um pouco para trás. Nesse momento, prevaleceu a estratégia de Fabiana, que aguardou até o final para sprintar, chegando tranquila, com os braços abertos. "Quando ficamos eu e a Anne, o Daniel (Lopes, marido) gritou para ficar atrás e deixar para os últimos 500 metros. Fiz isso e deu certo", revelou Fabiana, que além do bicampeonato, não escondeu a emoção o seu retorno, após um ano parada por uma cirurgia. "Foi superação. Estou voltando bem e essa vitória não tem palavras. Foi gratificante. Pena que o meu treinador, o Marcão (Marco Oliveira) está morando na China e não viu essa conquista linda. Vencer os 10 KM Tribuna FM pela segunda vez é sensacional", argumentou, chorando, a atleta de 30 anos, pentacampeã do Troféu Brasil de Atletismo. A queniana Anne Bererwe contou que tentou "escapar" de Fabiana diversas vezes e não aguentou o ritmo imposto pela campeã no final. "Mas estou bem feliz, porque em 2006 corri aqui e fui a sétima. Agora quase levei", brincou a sempre sorridente Anne. "Tentei deixá-la para trás no KM 3, mas não deu. A Fabiana estava muito bem", comentou.Também muito festejada, Márcia Narloch manteve-se entre as tops por mais um ano. Desde que venceu em 96, ela sempre está entre as primeiras na prova. "Estou muito feliz, porque é muito difícil um resultado tão bom numa prova difícil com essa. Fiquei feliz em dar uma brasileira", relatou Márcia.Aos 38 anos de idade, a medalha de prata na maratona do Pan Rio e com duas participações olímpicas não esconde a vontade de se aposentar. "No ano que vem, com certeza, estarei aqui, não sei se correndo, ou para ver a prova. O que me faz sempre voltar aqui é esse carinho do povo e da organização. Isso faz com que eu queira voltar sempre nessa prova grandiosa", afirmou.


Na disputa masculina, logo no começo, um grupo de cinco atletas despontou. Além dos quatro primeiros estava outro queniano, Rotich Phillman. Eles abriram o primeiro km para 2min44s, mostrando que o ritmo seria forte. No KM sete os dois Joseph e Joshua começaram a forçar mais o ritmo, abrindo vantagem e vieram juntos até o final. "Na chegada foi cada um por si. Não teve nada combinado", brincou o campeão, feliz com a melhora no seu rendimento."Foi o melhor resultado da carreira. Em 2006 eu corri aqui e fui o vigésimo", disse o atleta de 23 anos. "Foi uma prova muito boa. E a organização aqui é sensacional, sem falar no público", acrescentou o vice, que tem como melhor marca na carreira, 27min48s, em Santa Cruz (EUA), em 2005. "Hoje, o Joseph conseguiu ser o mais rápido", contou.Ubiratan Santos comemorou muito o resultado. "O nível estava forte e o terceiro lugar foi o mesmo que a vitória. Foi ótimo e ainda melhorei o meu tempo", frisou o atleta pernambucano. Sempre muito simpático a todos, Ntyamba fez questão de comemorar com o público o ótimo resultado."Estou correndo como master nos Estados Unidos. Estou com 40 anos e para mim é uma honra chegar tão bem nessa prova, que considero única na América Latina. O calor desse povo é maravilhoso. Santos está no meu coração, por todo o carinho que sempre recebo. Agora, é pensar em Beijing, onde entro para a história do esporte, com a sexta olimpíada disputada", falou o angolano.Ainda entre os homens, o piauiense José Telles de Souza, que representará o Brasil na maratona dos Jogos Olímpicos de Beijing, foi o 13º colocado. Já o campeão da prova em 1998, o também piauiense Valdenor Pereira dos Santos, retornou às competições, garantindo o oitavo lugar. Longe da "briga" pelos primeiros postos, quem também chamou a atenção foi o ministro dos Portos, Pedro Brito, mostrando disposição na corrida.

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