quinta-feira, 22 de maio de 2008



BEM QUE TENTOU, MAS ELE NÃO CONSEGUIU ME VENCER...
Acabou...acabou mesmo. Isso foi o que eu pensei quando comecei a correr nesta manhã de quinta-feira. O dia estava ensolarado, eu após 2 dias sem treinar (João, João e João), resolvi dar uma corridinha neste feriadão. Me programei para correr até o canal 5, mas achei mudar os planos e ir até o 4, para não forçar muito. Já no primeiro minuto de treino senti algumas dores na parte de trás dos joelhos...eu disse "dos joelhos", pois essa dor estava nas duas pernas. Já percebi que o treino ia ser "tortura militar"..rs...Não sei se porque o sol estava forte, ou porque era de manhã e eu estou correndo mais no final da tarde, mas realmente eu comecei a sentir muita dificuldade. Na altura do canal 2, comecei a achar que o planejado de ir até o 4 cairia por água abaixo...Nem mesmo observar as pessoas correndo pela orla e praticando esportes me deixava pensar que eu conseguiria ir e voltar sem caminhar. Passei a apelar para todos os santos pedindo para que não me deixasse parar, torcia para que a próxima música do MP3 fosse uma das minhas favoritas, assim, pelo menos mais uns 4 minutos estavam garantidos até a próxima música ...Quando fiz a volta no canal 4 foi muito pior...comecei a torcer para que nenhum mau-estar me afetasse, pois qualquer enjoo ou sede me fariam parar... o corpo estava sofrendo, eu podia sentir cada passo como se fosse um grande desafio. Pensava: " Não é possível. Antes eu faria este percurso num pé só e agora por muito menos, coloco a língua pra fora. Nunca mais vou voltar a correr como antes". Comecei a pensar que dia 28 de maio e 1• de junho tenho corridas e confesso poderia ser melhor desistir de tudo antes de pagar o mico de parar no emio do percurso. Realmente a sensação de fracasso era horrível. De repente, resolvi ir pela rua na contra-mão. Olhei para o chão, de modo que eu não pudesse ver em que canal eu estava e quanto me faltava para terminar aquele sofrimento todo. O corpo padecia, e o psicológico me testou até o último quilômetro. A esta altura o cérebro era o único órgão que ainda respondia em meio ao desespero de tudo logo chegar ao fim...e chegou...Me senti aliviada e muito feliz quando cravei o relógio em 042:16. A dor que eu sentia, já deu lugar à satisfação de não ser vencida pelo tal "psicológico".
Chega a ser engraçado. Não basta só um bom programa de treinamento, uma boa preparação física e técnica, uma alimentação balanceada e o repouso para que tenhamos bons desempenhos em treinos ou mesmo nas provas. Só isso não é o suficiente para que a gente esteja preparado para treinar novamente no dia seguinte ou nos inscrevermos para uma outra prova. Estar preparado psicologicamente, também é importante, pois pode ser a diferença entre um bom e mau treino, e um bom ou mau desempenho na corrida.
É importante que nós nos conheçamos, e mais importante, que saibamos lutar contra o psicológico que muitas vezes é poderosíssimo.
Manter o foco no objetivo, o tempo todo, não é uma tarefa fácil, pois existem muitas coisas que interferem no nosso processo de preparação, desde a vontade de estar bem para uma competição, até termos dúvidas se estamos realmente bem preparados para a tal competição. Tudo isto faz parte do cotidiano do atleta, e saber lidar com elas é importante, pois pode fazer a diferença entre um bom, e um mau resultado.
Bom mesmo e encher a boca e dizer: BEM QUE ELE TENTOU, MAS NÃO ME VENCEU!

Um comentário:

Jorge Cerqueira Souza Filho disse...

Grande Lucy, boa tarde amiga corredora espero que essa dor que vc sentiu na corrida não seje nada de grave. Olha pelo seu relato vc tem que saber que vc esteve parada então todo o seu rendimento caiu, só espero que vc não desista de correr, olha vc é uma guerreira e vc é exemplo para muita gente e inclusive vai ter uma pessoa ai na sua casa que vai se inspirar em vc hein.
Desejo a vc boas corridas e bom feriado.
JC
www.jmaratona.blogspot.com