CAS mantém suspensão e Gatlin fica fora de Pequim
O velocista Justin Gatlin perdeu sua última batalha para disputar os Jogos Olímpicos de Pequim. Nesta sexta-feira, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) rejeitou o apelo apresentado pelo atleta. Com a suspensão, o velocista norte-americano fica impossibilitado de competir até 25 de julho de 2010.
No início do ano, o painel arbitral antidoping suspendeu Gatlin por 4 anos, considerando-o reincidente no consumo de substância proibida. A defesa do atleta embasou o apelo na alegação de que a infração anterior do atleta, pego no antidoping pela primeira vez em 2001, não teve como objetivo melhorar sua performance competitiva, já que a substância estaria sendo usada para tratar de síndrome de défcit de atenção.
Caso conseguissem anular a punição inicial, a punição seria reduzida e o velocista teria condições de participar da seletiva olímpica dos Estados Unidos, dentro de três semanas.
Campeão olímpico nos 100m, Gatlin promete continuar na batalha para voltar às pistas. "Vou continuar a lutar pelo meu direito de participar do grande esporte que é o atletismo em um período inferior a 4 anos", declarou em comunicado oficial.
Para o secretário-geral do TAS, Matthieu Reeb, a decisão reflete o compromisso da entidade. "Justin Gatlin queria disputar os Jogos de Pequim, a IAAF queria que ele fosse banido definitivamente do esporte, mas o painel do TAS decidiu que 4 anos de suspensão era a punição correta".
Mesmo frustrado com o resultado, Gatlin declarou no comunicado estar agradecido ao Tribunal por não ter aumentado sua pena como havia pedido a IAAF. "Eu nunca me envolvi intencionalmente em nenhum esquema de doping. E acho que o TAS não teria rejeitado a posição da IAAF a menos que também acreditasse que não participei de nenhum doping intencional".
Em 24 anos de existência do TAS, o único atleta que conseguiu ganhar um apelo foi o tenista argentino Guillermo Cañas por uso de diurético.
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