CUIDADO NA DESCIDA...
Desde a última corrida que participei, a Rústica dos Morros, no dia 03 de agosto, eu senti uma dorzinha encomodando no nervinho do tornozelo. Na verdade eu temia que isso acontecesse antes mesmo de correr, já que tinham me avisando das inúmeras descidas que a prova apresentava. Minutos antes da largada, uma amiga minha, a Regina, tinha me alertado para tomar cuidado, pois algumas descidas eram tão cruéis que corria-se o risco de se machucar feio. Ela até me aconselhou a descer como se estivesse sentando. Pois bem...Corri, realmente achei que as descidas eram piores do que as subidas, aliás, infinitamente piores, muito embora eu tenha descido com muita cautela, mesmo com as pernas totalmente desobedecidas. Meu pai ao final da prova, me disse: " Nas descidas eu descia o sarrafo"...Na verdade várias pessoas desceram o sarrafo da descida. Tinha um velhinho atrás de mim, que sempre que havia uma descida, o homem ficava possuído e descia desenfreado me passando, dando a impressão que ia ser arremessado morro abaixo por falta de breque, mas nas subidas e retas, lá ficava ele pra trás novamente... Fato é que e já no dia seguinte, a minha dorzinha apareceu.
Dois dias depois sumiu, mas uma vez ou outra, dependendo do movimento que eu fizesse, lá estava ela de novo. Ou então, durante o treino, após esquentar ela sumia e depois que eu parava ela dava o ar da graça..ou desgraça, como quiserem...
Hoje mesmo eu fiz um treininho de 14km e senti a filha da mãe martelando o tornozelo. Não gostei nada, nada, confesso, pois dia 17 agora tenho o Campeonato Santista, dia 24 provavelmente correrei o Circuito das Praias e no dia 31 a Meia Maratona, que é o que mais me preocupa, afinal correr sem dor, já é o ó e com dor então...Por isso, resolvi falar sobre treinamento em descida...
Quando um atleta se prepara para participar de uma prova, ele costuma levantar uma série de informações sobre o percurso, seja na hora da prova, ou dias antes. Além da distância e do tipo de piso, por exemplo, existe um dado que todo corredor gosta de saber: o perfil altimétrico. É nessa hora que todo corredor se apavora com a quantidade de subidas que irá enfrentar. Mas saiba que as descidas também merecem atenção redobrada.“O principal erro que os atletas cometem quando correm na descida é o aumento da velocidade. Isso causa maior impacto das articulações e risco de lesões”, afirma Juliana Gomes, treinadora da equipe Treinamento para Mulheres. De acordo com Dr. Ricardo Cury, Ortopedista, Professor do Grupo de Cirurgia do Joelho e Trauma Esportivo da faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Diretor do Comitê de Cirurgia do Joelho da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, uma boa base de treinamento é fundamental para não se machucar na descida. “Se o atleta não vem correndo de forma regular, a chance de ter uma lesão aumenta”, explica.Só para complicar um pouquinho mais a vida do corredor, a articulação que mais sofre nos declives é o joelho. “Essa é a parte mais solicitada nesse tipo de condição, pois o músculo da coxa promove uma contração que traciona a rótula e o ligamento patelar, e o joelho precisa fazer uma espécie de bloqueio para não dobrar”, conta Ricardo Cury.E é aí que mora o problema. A sobrecarga nos joelhos pode causar um processo inflamatório e dor no atleta. “Além disso, se o corredor já tiver outras lesões na articulação, é possível ter uma lesão no ligamento, e a chance de torção é maior”, alerta. Não existem técnicas específicas para trechos em declive, mas é possível minimizar o risco de lesões seguindo três dicas básicas:
- Treine regularmente: o atleta cujo organismo está mais acostumado ao esforço tem mais chances de se adaptar melhor aos treinos e provas com trechos de descida. Se você ainda é iniciante, prefira terrenos planos e converse com seu treinador antes de forçar nos aclives e declives.
- Alongue-se: essa é uma recomendação básica de todo tipo de treinamento, mas nunca é demais reforçar. Caprichar no alongamento da parte posterior dos joelhos e no aquecimento das articulações faz a diferença para ter uma corrida agradável e prazerosa, sem as desagradáveis dores.
- Fortaleça a musculatura: a parte interna da coxa e o quadríceps são os grupos musculares mais exigidos nas descidas. Por isso, complemente seu treino de corrida com sessões de musculação, pois são os músculos que protegem ossos e articulações.Se o atleta seguir as recomendações, além de evitar lesões, pode utilizar os trechos em declive como um aliado durante uma prova dura, por exemplo. “A corrida em decidas fica mais fácil quando a usamos para recuperação entre uma subida e outra, mas é preciso ter cuidado para não correr de forma descontrolada nesses trechos”, indica a treinadora Juliana Gomes.
FICA A DICA....
Um comentário:
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Bom minha amiga Lu, primeiramente parabéns por mais um desafio completado no Desafio das Torres, vc falando dessa prova pela altimetria, fiquei pensando da prova que fiz aqui no Rj os 50KM com muitas subidas fortes, inclusive uma tinha 5km só de subida bem ingreme e eu nesta prova de 50km nas descidas eu também metia o sarrafo, mais fiz isso pq estou acostumando e treinei bastante para essa prova, principalmente fortalecendo a musculatura e fortaleci também muito as panturrilhas. Essa dor que vc sentiu após a prova foi a dor tardia, engraçado eu corria e não ia para sala de musculação e sempre quando fazia uma corrida dessa com subidas e descidas me dava dor tardia no dia seguinte, após fazer musculação nunca mais senti isso.
Valeu atleta, bons treinos.
JORGE
www.jmaratona.blogspot.com
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